Níveis altos ou baixos demais de colesterol HDL aumentam risco de morte
Não é novidade que taxas elevadas do colesterol HDL não fazem bem à saúde. Apesar de ser apelidado popularmente como o “colesterol bom”, já que evita o acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos e protege o coração, em excesso, esse tipo de colesterol também foi associado a riscos maiores de pneumonia, por exemplo.
Agora, um novo estudo, realizado por pesquisadores da Emory University, nos Estados Unidos, mostrou que níveis altos e baixos de HDL também têm relação com aumento de mortalidade precoce.
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Os autores do estudo, apresentado durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, examinaram a ligação entre os "bons" níveis de colesterol e o risco de ataque cardíaco e morte cardiovascular em quase 6.000 indivíduos com 63 anos, em média.
Os pesquisadores os acompanharam ao longo de quatro anos, agrupando-os de acordo com seus níveis de colesterol HDL. Durante o período de acompanhamento, 13% dos participantes sofreram um ataque cardíaco ou morreram de doença cardiovascular.
Os participantes cujos níveis de colesterol HDL estavam entre 41 a 60 mg/dL foram os menos propensos a sofrer um ataque cardíaco ou morrer de um evento cardiovascular.
No entanto, para pessoas com níveis muito baixos de colesterol HDL (menos de 41 mg/dl) e aqueles com níveis muito altos (acima de 60 mg/dl), o risco de eventos cardiovasculares adversos e a morte aumentaram.
Especificamente, pessoas com níveis de colesterol acima de 60 mg/dl eram quase 50% mais propensas a ter um ataque cardíaco ou morrer de doença cardiovascular do que aquelas com níveis entre 41 e 60 mg/dl.
"Pode ser hora de mudar a forma como vemos o colesterol HDL”, diz Marc Allard-Ratick, principal autor do estudo. “Tradicionalmente, os médicos dizem a seus pacientes que quanto maior o seu colesterol "bom", melhor. No entanto, os resultados deste estudo e outros sugerem que isso pode não ser mais o caso."
De acordo com os cientistas, as razões pelas quais o HDL tem relação com riscos de doenças ainda permanecem obscuras. Mas Allard-Ratick afirma que uma coisa é certa: "O mantra do colesterol HDL como o 'bom' pode não ser mais o caso para todos".
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