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Longevidade

Práticas e atitudes para uma vida longa e saudável


Tenha um propósito: envelhecer bem não significa apenas escapar doenças

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

21/03/2018 12h25

Ter um propósito e sentido na vida já foi associado a viver mais e a ter menos doenças, deficiências e comprometimento cognitivo. E agora um novo estudo co-produzido por pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston (BUSPH) descobriu que os filhos de centenários, que tendem a ter padrões de envelhecimento saudáveis e vidas tão longas quanto a de seus pais, também são muito mais propensos do que a população em geral a ter um forte senso de propósito.

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Publicado no The Journals of Gerontology Serie B, o estudo foi o primeiro a examinar o propósito da vida (PIL) em descendentes centenários. "Envelhecer bem não significa apenas escapar ou retardar a chegada da doença", diz a co-autora Paola Sebastiani, professora de bioestatística da BUSPH. "Sentir-se bem com a sua vida é importante e deve ser considerado um aspecto importante do envelhecimento saudável".

Como foi feito o estudo

Os pesquisadores usaram dados do Estudo Centenário de Nova Inglaterra (NECS), que recrutou quase quatro mil centenários e alguns de seus irmãos e filhos, desde 1994. Eles compararam os filhos de centenários, que tinham em média 82 anos de idade a outros três grupos: seus cônjuges; sua coorte de nascimentos (composta de pessoas cujos pais nasceram na mesma época que os centenários, mas que viveram em média apenas por volta dos 70 anos), e participantes do Health  and  Retirement  Study, um estudo nacionalmente representativo de mais de 30 mil pessoas com mais de 50 anos.

Os pesquisadores compararam os propósitos de vida nos quatro grupos usando declarações como "Eu gosto de fazer planos para o futuro e trabalho para torná-los uma realidade" e "Minhas atividades diárias frequentemente parecem triviais e sem importância para mim", com os entrevistados usando uma escala de seis pontos, que ia de discordo totalmente a concordo totalmente.

Deste modo, descobriu-se que 30% dos filhos centenários tiveram uma alta pontuação nos propósitos de vida, em comparação com 21% de seus cônjuges e apenas 14% do nascimento coorte de descendentes septuagenários. Comparando a descendência centenária com os participantes do HRS, com uma pontuação de 5,43 no quartil superior, 41% dos descendentes centenários tinham esse propósito de vida elevado, comparados com apenas 19% dos participantes do HRS.

"Ter objetivos e fazer planos para trabalhar com eles pode mantê-lo mais envolvido com atividades e relacionamentos sociais, além de dar um incentivo maior para manter uma boa saúde", diz a autora sênior do estudo, Stacy Andersen, professora assistente da Escola de Medicina da Universidade de Boston. "Alternativamente, poucos propósitos de vida podem ser um sinal de envelhecimento insalubre".

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