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Esclerose múltipla: proteína que repara impulsos nervosos é descoberta

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Do VivaBem

07/03/2018 11h43

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que ainda não tem cura. O tratamento consiste apenas em retardar sua progressão e combater os sintomas. No entanto, um novo estudo pretende encontrar um caminho para a cura ao descobrir sua origem no corpo.

Embora as causas profundas da esclerose múltipla permaneçam desconhecidas, é sabido que um fator para seus sintomas é a desmielinização --processo em que o sistema imunológico da pessoa identifica a bainha de mielina, revestimento dos neurônios, como um agente estranho e a ataca.

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Como resultado desse dano, os sinais transmitidos entre as células nervosas são interrompidos, daí os problemas de visão, coordenação ou controle muscular. Portanto, o principal desafio para pesquisadores tem sido como promover a criação de uma nova bainha de mielina, para restaurar a transmissão dos impulsos nervosos.

Mas parece que eles descobriram um jeito.

Em um estudo publicado em fevereiro no periódico Acta Neuropathologica, cientistas do Reino Unido encontraram uma proteína chamada activin-A, que repara locais onde a bainha de mielina foi danificada.

Por meio de estudos em ratos e in vitro, os pesquisadores analisaram o mecanismo de produção de mielina pela ativação da ativina-A.

Veronique Miron, autora principal do estudo, diz que as descobertas do estudo atual podem, eventualmente, levar a um novo alvo de drogas: "Esta é uma descoberta realmente emocionante, porque podemos agora concentrar nossos esforços no desenvolvimento de medicamentos eficazes contra a doença.”

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A alta ingestão de peixe foi associada a um risco 45% menor de síndrome clinicamente isolada ou esclerose múltipla
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Peixe diminui riscos de desenvolver doença

Um novo estudo realizado por Annette Langer-Gould, membro da Academia Americana de Neurologia, investigou os efeitos de algumas mudanças nutricionais, especialmente o consumo de peixes e suplementos de ômega-3, na redução do risco de esclerose múltipla e descobriu que esses alimentos podem, sim, ter um papel importante na prevenção da doença.

Para o estudo, Langer-Gould e sua equipe observaram 1.153 pessoas com idade média de 36 anos, das quais metade tinha uma síndrome clinicamente isolada, um primeiro episódio neurológico que pode virar esclerose múltipla, e a outra metade tinha esclerose múltipla. Os cientistas analisaram os hábitos alimentares dos voluntários, focando no consumo de peixe e suplementes de óleo de peixe.

Dependendo da quantidade de peixe que comiam regularmente, as dietas dos participantes foram categorizadas como: "alta ingestão", que foi definida como uma porção de peixe por semana (ou uma a três porções por mês), além da ingestão diária de suplemento de óleo de peixe; "baixa ingestão", que foi definida como menos de uma porção de peixe por mês sem ingestão de suplemento de óleo de peixe.

Alguns dos peixes ou frutos do mar que os participantes relataram comer eram salmão, atum e camarão.

Depois de analisar os dados fornecidos pelos participantes, os cientistas descobriram que uma ingestão de peixe regularmente alta foi associada a um risco 45% menor de síndrome clinicamente isolada e esclerose múltipla, quando comparado com uma baixa ingestão de peixe.

"Este estudo fornece mais evidências de que uma dieta rica em peixe e ômega-3 tem benefícios para a saúde", observou Langer-Gould. "Além de promover a saúde cardiovascular melhorada, uma dieta de peixe e frutos do mar também pode reduzir o risco de desenvolver esclerose múltipla."

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