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Adeus, esquecimento: implante no cérebro pode ajudar a melhorar a memória

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

08/02/2018 20h14

Cientistas desenvolveram um implante cerebral que visivelmente aumentou a memória dos voluntários nos primeiros testes, mostrando que essa pode ser uma nova estratégia promissora para tratar demência, lesões cerebrais traumáticas e outras condições que prejudicam a memória. O dispositivo envia pulsos elétricos para auxiliar o órgão quando ele está lutando na tentativa de armazenar novas informações, mas deixa de agir quando percebe que o cérebro está funcionando bem.

No teste, divulgado na última terça-feira (6) pela revista Nature, o dispositivo ajudou os voluntários a recordarem palavras. Em média, a lembrança das pessoas melhorou cerca de 15%, após a ligação do implante. A pesquisa marca a chegada de um novo tipo de dispositivo para melhorar a função cognitiva.

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E, apesar de ainda ser experimental, os pesquisadores atualmente debatem sobre como comercializar a tecnologia, visto que sua aplicabilidade ainda é desconhecida, já que até o momento só foi testada em pessoas com epilepsia.

Abordagens muito semelhantes podem ser relevantes para outras aplicações, como tratar sintomas de depressão ou ansiedade, embora os alvos no cérebro sejam locais diferentes, disse Michael Kahana, professor de psicologia da Universidade da Pensilvânia e principal autor do novo estudo, ao The New York Times.

Como foi

A equipe de pesquisa testou esse "auxílio de memória" em 25 pessoas com epilepsia, que estavam sendo avaliadas para uma operação. Os médicos implantaram uma série de eletrodos nas áreas de memória do cérebro.

Cientistas cognitivos usaram o período que os pacientes estavam no hospital, com o consentimento deles, para fazer testes de memória e gravações. No estudo, a equipe de pesquisa determinou os padrões precisos para o estado de alto funcionamento cerebral de cada pessoa, quando o armazenamento de memória funcionou bem e ainda o modo de baixo funcionamento, quando não.

Eles, então, pediram aos pacientes que memorizassem listas de palavras e depois, após uma distração, lembrassem o quanto pudessem delas. Cada participante realizou diversos testes repetidamente, tendo que lembrar de diferentes palavras durante a avaliação.

Algumas listas foram memorizadas com o sistema de estimulação cerebral ativado; outras foram feitas com os eletrodos desligados, para comparação. Em média, as pessoas melhoraram cerca de 15% quando o implante foi ligado. 

Riscos e oportunidades

O implante exige que vários eletrodos sejam colocados no cérebro para determinar seu estado de alto ou baixo funcionamento (embora a estimulação seja enviada para apenas um local).

Isso faz com que seja uma operação extremamente delicada que, provavelmente, seria reservada apenas para casos severos de deficiência --e certamente não para alunos envolvidos em testes, afirmou Voytek.

"A tendência é tentar encontrar outras formas menos invasivas para mudar o cérebro desses estados de funcionamento", explicou o especialista. 

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