Anticorpos produzidos em laboratório facilitam busca por medicamentos
Proteínas do nosso sistema de defesa que neutralizam a ação das substâncias tóxicas produzidas por bactérias e vírus invasores, os anticorpos ajudam a entender a ação de substâncias que influenciam no funcionamento das células e de todo o nosso organismo. Agora, cientistas da Universidade de São Paulo (USP) estão utilizando anticorpos produzidos em laboratório para identificar mudanças em células que sirvam de alvos para novos medicamentos.
O estudo foi descrito em artigo da revista científica Plos One e contou com a participação de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. O desenvolvimento dos anticorpos presentes na pesquisa começou em 2004, a partir da cooperação com Lakshmi Devi, da Icahn School of Medicine at Mount Sinai (Estados Unidos).
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Andrea Heimann, da empresa Proteimax Biotecnologia Ltda, que produz os anticorpos utilizados nos estudos, contou para o jornal da USP que o conhecimento sobre os receptores é algo fundamental no desenvolvimento de novos medicamentos pela indústria farmacêutica.
Peptídeos
Peptídeos são substâncias derivadas de proteínas que apresentam importantes funções no nosso organismo. Alguns atuam como hormônios, como a insulina; outros, como neuromoduladores, que é o caso da angiotensina; outros podem funcionar como analgésicos e até antibióticos. Cientistas têm estudado largamente estes compostos, buscando sintetizá-los em laboratório.
Os peptideos são desenhados de tal forma que, quando injetados em animais, produzam anticorpos que reconhecem esses peptídeos. Normalmente, por esse mecanismo o organismo tenta se livrar de microrganismos como vírus e bactérias. Como os anticorpos reconhecem pequenas partes das proteínas (os peptídeos), isso levou ao desenvolvimento do método de produção de "anticorpos sob encomenda" e são injetados em animais para serem multiplicados, da mesma forma que aqueles utilizados na fabricação de vacinas.
Avanços
Desde 2002, o Laboratório já testou mais 30 peptídeos diferentes, como a hemopressina, que além de aliviar a dor, também reduz a pressão arterial e a ingestão de alimentos.
A descoberta sobre o receptor de canabinoides, no entanto, auxiliou a pesquisa sobre o peptídeo pep 19, que em testes com animais reduziu peso corporal, gorduras localizadas e melhorou índices de glicemia, colesterol e pressão arterial, sem causar efeitos adversos no sistema nervoso.
Agora, o pep 19 será testado em seres humanos, com potencial para uso em medicamentos contra a obesidade..
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