Menos tóxica, nova droga é promessa contra HIV e pode durar um mês
Uma equipe de pesquisadores de Yale, nos Estados Unidos, testou um novo composto químico que suprime o HIV, protege as células imunes e permanece efetivo por semanas com uma única dose.
Em experimentos com animais, a droga se mostrou uma nova forma de melhorar o tratamento contra HIV, sem trazer tantos efeitos colaterais quanto alguns medicamentos que combatem a doença -- que podem gerar náuseas, dor de estômago e desconfortos intestinais.
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Para a descoberta, publicada na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), os pesquisadores usaram métodos de projeto computacional e desenvolveram uma classe de compostos que visam uma proteína viral essencial para o HIV se replicar.
Eles refinaram essa classe de compostos para aumentar a potência, reduzir a toxicidade e melhorar as propriedades farmacológicas. O objetivo era identificar um promissor candidato à droga.
Em colaboração com o laboratório de Priti Kumar, em Yale, o medicamento foi testado em camundongos com células sanguíneas humanas transplantadas e infectados pelo HIV.
Nesses animais, o composto alcançou os principais objetivos do tratamento contra a Aids: suprimiu o vírus a um nível indetectável no sangue; protegeu as células imunes que o vírus infecta; e funcionou em sintonia com os medicamentos já aprovados para tratar o HIV.
Além disso, os pesquisadores descobriram que os efeitos de uma única dose do composto --entregue em uma forma de nanopartículas de ação prolongada-- duraram quase um mês.
Ainda que novos testes sejam necessários, os pesquisadores acreditam que o composto tem potencial para melhorar o tratamento dos infectados com HIV, doença que afeta 37 milhões de pessoas em todo o mundo.
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