Bill Gates acredita que uma nova gripe mataria 30 milhões em 6 meses
Em um evento promovido pela Sociedade Médica de Massachusetts e pelo periódico científico New England Journal of Medicine, Bill Gates, co-fundador da Microsoft, disse que, apesar de se considerar um cara otimista, ele percebe que a sociedade está falhando na prevenção de pandemias (quando uma enfermidade se espalha rapidamente por diversas regiões do globo).
De acordo com ele, novas enfermidades estão surgindo, conforme o homem invade a natureza. “Está se tornando cada vez mais fácil para pessoas ou pequenos grupos desenvolverem doenças que podem se espalhar como um incêndio em todo o mundo”, acredita Gates.
“É possível que um laboratório privado (sem controle estatal) desenvolva uma forma ainda mais mortal de varíola”, exemplifica. E hoje, no mundo globalizado, em que as pessoas pegam avião e vão de um continente ao outro em questão de horas, é mais fácil que as doenças se disseminem, do que em 1918, por exemplo, quando o surto de gripe espanhola matou 50 milhões de pessoas.
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Em uma simulação (vídeo abaixo) apresentada por Gates e desenvolvida pelo Instituto de Modelagem de Doenças --que pesquisa política e programas para a erradicação de doenças infecciosas--, é possível ver como uma nova gripe (muito forte como a de 1918) mataria 30 milhões de pessoas em seis meses. Veja:
Prevenção de pandemias
Para Gates, o mundo precisa se preparar para uma epidemia global “da mesma maneira que se prepara para a guerra”. Ainda de acordo com o empresário, de certa forma, estamos melhor preparados para enfrentar pandemias, já que temos medicamentos antivirais que podem, em muitos casos, pelo menos, melhorar as taxas de sobrevivência. Temos antibióticos que podem tratar infecções secundárias, como pneumonia associada à gripe.
Também estamos próximos de uma vacina universal para a gripe. No evento, que aconteceu no dia 27 de abril, Gates também disse que está disposto a investir milhões no avanço da vacina. O bilionário anunciou no evento que vai financiar pesquisas que encontrarem uma vacina universal contra gripe, que seja capaz de combater uma grande variedade de mutações do vírus de uma só vez e permitir invernos livres de epidemias. O prêmio final pode ser de até US$ 12 milhões (R$ 42 milhões).
O dinheiro será distribuído numa espécie de concurso, para o qual pesquisadores podem se candidatar à verba. O financiamento ocorrerá em duas etapas. Na primeira, que pode render até US$ 2 milhões (R$ 7 milhões) distribuídos em dois anos, os cientistas deverão apresentar dados coletados em pesquisas com animais.
Os modelos mais promissores para serem testados em humanos serão selecionados para a etapa seguinte, o que pode render mais US$ 10 milhões (R$ 35 milhões). A ideia é que os testes clínicos em humanos possam começar já em 2021.
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