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A saúde do seu fígado pode impactar no risco de você desenvolver Alzheimer

Valores mais baixos de plasmalogênios correspondiam a um risco maior de desenvolver Alzheimer  - iStock
Valores mais baixos de plasmalogênios correspondiam a um risco maior de desenvolver Alzheimer Imagem: iStock

Do VivaBem

26/07/2018 11h39

Apesar de ainda não saberem ao certo o que causa a doença de Alzheimer, os cientistas já descobriram alguns fatores de risco, como a ansiedade e a pressão alta. Dessa vez, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, revelou que a saúde do fígado também impacta no desenvolvimento desse tipo de demência.

A conclusão foi feita após os cientistas analisarem os níveis de plasmalogênios em pessoas que tinham algum comprometimento cognitivo. Essa espécie de fosfolipídio (lipídios compostos por, entre outras moléculas, ácido graxo) é produzida no fígado e desempenha papéis importantes na manutenção da saúde das células cerebrais.

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Os pesquisadores coletaram amostras de sangue de mais de 1.600 pessoas. Os voluntários variavam de pessoas diagnosticadas com doença de Alzheimer, com comprometimento cognitivo leve, alguma perda de memória, bem como um número de pessoas cognitivamente normais.

Após comparar os fluidos corporais dos participantes do estudo, a equipe da universidade percebeu que valores mais baixos de vários plasmalogênios diferentes, incluindo aqueles contendo ácidos graxos ômega 3, correspondiam a um risco maior de desenvolver Alzheimer e comprometimento cognitivo leve.

Além disso, os cientistas também notaram que níveis mais baixos de certos plasmalogênios pareciam estar ligados a níveis elevados da proteína Tau, que é uma característica da doença de Alzheimer.

"Essa pesquisa mostra que uma deficiência de plasmalogênios relacionada à idade poderia levar a um risco aumentado de doença de Alzheimer, porque o fígado não pode produzir quantidades suficientes desse fosfolipídio", observa Mitchel A. Kling, principal autor do estudo. Além disso, segundo ele, o estudo destaca uma relação potencial entre condições como obesidade e diabetes e a doença de Alzheimer: "Nessas doenças, o fígado tem que trabalhar mais para quebrar os ácidos graxos ao longo do tempo."

De acordo com Kling, os cientistas ainda estão nos estágios iniciais de descobrir como o fígado, os lipídios e a dieta estão relacionados com a doença de Alzheimer e a neurodegeneração. "Mas os resultados têm sido promissores".

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