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Tintas, vernizes e outros solventes aumentam risco de esclerose múltipla

Evitar a fumaça do cigarro e a exposição desnecessária a solventes pode reduzir o risco de desenvolver a doença - iStock
Evitar a fumaça do cigarro e a exposição desnecessária a solventes pode reduzir o risco de desenvolver a doença Imagem: iStock

Do VivaBem

04/07/2018 13h28

Pessoas que foram expostas a tinta ou outros solventes têm 50% mais chances de desenvolver esclerose múltipla, de acordo com um estudo publicado na terça-feira (3) no periódico Neurology. Segundo os cientistas, para os fumantes o risco é ainda maior, tendo 30 vezes mais chances de desenvolver a doença.

A pesquisa não informou o grau de exposição que pode se tornar perigoso, mas os autores alertam que evitar a fumaça do cigarro e a exposição desnecessária a solventes orgânicos, particularmente em combinação entre si, pode reduzir o risco de esclerose múltipla, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.

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Para o estudo, os pesquisadores identificaram 2.042 pessoas que haviam sido diagnosticadas recentemente com esclerose múltipla na Suécia e as compararam com 2.947 pessoas da mesma idade e sexo. Testes de sangue foram usados ??para determinar se os participantes tinham duas variantes genéticas, uma que torna as pessoas mais propensas a desenvolverem a doença e outra que reduz esse risco. Os participantes também foram questionados se haviam sido expostos a solventes orgânicos, tinta ou verniz e se já haviam sido fumantes.

No grupo sem os genes para a doença, que não fumavam e não haviam sido expostos a solventes, havia 139 pessoas com esclerose múltipla e 525 pessoas sem a doença. No grupo com os genes e exposição a solventes, mas não fumantes havia 34 pessoas com esclerose múltipla e 19 pessoas sem a doença. No grupo com os genes e exposição a solventes e tabagismo havia 40 pessoas com esclerose múltipla e cinco pessoas sem a doença.

Os pesquisadores determinaram que os genes para a esclerose, quando combinados à exposição a solventes, foram responsáveis ??por cerca de 60% do risco de desenvolver a doença.

Anna Hedström, autora do estudo, diz que não há uma explicação para que essa espécie de combo seja tão ligada à esclerose, mas que existem teorias. "Mais pesquisas são necessárias para entender como esses fatores interagem para criar esse risco. É possível que a exposição a solventes e ao tabagismo possa envolver inflamação pulmonar e irritação que levam a uma reação imunológica nos pulmões."

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