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Novo antibiótico trata superbactérias em camundongos pela primeira vez

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Imagem: iStock

Do VivaBem

27/03/2018 12h07

O uso indevido e descontrolado de antibióticos criou uma nova classe de microorganismos chamada de superbactérias, que não respondem mais aos remédios disponíveis no mercado, provocando infecções graves e difíceis de serem curadas. Até 2050, segundo o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), estima-se que 10 milhões de pessoas morrerão por uso excessivo do medicamento.

No entanto, em um avanço revolucionário, cientistas testaram com sucesso um antibiótico capaz de matar as bactérias resistentes às drogas. Em 2017, pesquisadores da Universidade de Lincoln, no Reino Unido, produziram duas versões sintéticas do antibiótico natural teixobactina, extraído do solo. Descoberta pela primeira vez em 2015, a forma natural já havia sido bem-sucedida contra alguns tipos de superbactérias.

Agora, eles foram capazes de simplificar e sintetizar a teixobactina para tratar uma infecção bacteriana em camundongos. Eles dizem que essa forma sintética é tão potente quanto a teixobactina em sua forma natural.

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Para chegar a esses resultados, publicados no periódico Journal of Medicinal Chemistry, os cientistas substituíram os principais aminoácidos da estrutura do antibiótico, conseguindo, por fim, reduzir o tempo de desenvolvimento de 30 horas para apenas 10 minutos. A rapidez pode permitir uma possível comercialização dessa forma sintética.

É importante observar que o tratamento só foi bem-sucedido em camundongos e que há muito trabalho a ser feito antes de comercializá-lo nas farmácias. Mas a equipe de pesquisadores diz que oferece a “primeira prova” de que uma versão simplificada poderia ser usada para tratar infecções bacterianas reais e é um passo para a criação de uma versão de drogas comercialmente viável.

A ideia é que ele chegue ao mercado em no máximo uma década: "Estamos provavelmente em torno de seis a 10 anos de um medicamento que os médicos podem prescrever aos pacientes", disse Ishwar Singh, da Escola de Farmácia da Universidade de Lincoln.

A equipe afirma que continuará construindo uma biblioteca de versões sintéticas da teixobactina para desenvolver versões mais simplificadas ainda e que poderão ser usadas em diversas aplicações.

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