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Tratamento do câncer: nanorobôs diminuíram tumores sem efeitos colaterais

Arizona State University/Divulgação
Imagem: Arizona State University/Divulgação

Do VivaBem, em São Paulo

14/02/2018 15h45

Um dos principais desafios na luta contra o câncer é encontrar um tratamento capaz de aniquilar apenas as células cancerosas --e não as saudáveis, como acontece atualmente. Na tentativa de contornar esse problema, pesquisadores pensaram em interromper o fornecimento de sangue para essas células, em vez de tentar matá-las.

Para isso, criaram nanorobôs, um sistema de robótica de DNA autônomo para ministrar uma droga mais precisa contra o câncer. A invenção foi publicada na Nature Biotechnology.

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"Essa tecnologia é uma estratégia que pode ser usada para muitos tipos de câncer, já que todos os vasos sanguíneos sólidos que alimentam os tumores são, essencialmente, os mesmos", afirma Hao Yan, co-autor do estudo.

A equipe criou uma peça retangular de apenas 90 nanômetros por 60 nanômetros e inseriu uma proteína chamada trombina, que induz a coagulação. O objetivo dela e interromper o fluxo de sangue e impedir a chegada de nutrientes ao tumor, deixando as células morrerem de fome.

O próximo passo foi encontrar uma maneira de entregar essa proteína apenas para as células tumorais. Para isso, eles colocaram uma molécula conhecida como aptamer de DNA, que direciona uma proteína chamada nucleolina, produzida em excesso pelas células tumorais e não encontradas nas células saudáveis.

Os nanorobôs foram, então, injetados em ratos com câncer de pulmão e melanoma. Uma vez no sistema circulatório, eles se aproximaram dos vasos sanguíneos do tumor, onde a trombina foi desencadeada e causou coagulação do sangue.

A coagulação continuou por três dias após o tratamento, o que resultou no encolhimento de tumores e na duplicação do tempo médio de sobrevivência dos ratos, além de fazer com que alguns tivessem remissão completa da doença.

Além de obterem resultados impressionantes na segmentação das células cancerosas, os nanorobôs não causaram efeitos colaterais nos ratos. E os pesquisadores têm esperanças de que essa tecnologia possa ser utilizada em humanos mais cedo do que o previsto.

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