Justin Bieber faz tratamento de oxigenoterapia hiperbárica; para que serve?
Resumo da notícia
- Vídeo mostrou Justin Bieber realizando tratamento da modalidade terapêutica oxigenoterapia hiperbárica
- O cantor não informou o motivo do uso da técnica, que é utilizada principalmente para tratar feridas e lesões
- Fãs relacionaram o tratamento à depressão do cantor, mas não existe comprovação científica sobre melhora da saúde mental
- A oxigenoterapia hiperbárica é permitida no Brasil, mas deve ser utilizada com cautela e supervisão médica
Em posts no Instagram, o cantor Justin Bieber mostrou que está fazendo tratamento de oxigenoterapia hiperbárica, modalidade terapêutica na qual o paciente inala oxigênio puro em uma pressão maior que a pressão atmosférica normal, dentro de uma câmara hermeticamente fechada.
No vídeo, a câmara, inflável, aparece posicionada no chão, e uma mensagem da esposa de Bieber cobre parte da tela: "Durma bem, amor", escreveu Hailey Baldwin.
Antes de entender os benefícios desse tratamento, é importante saber que a forma como Bieber usa a terapia na gravação é completamente irregular. "A câmara não poderia ser inflável e o paciente não pode passar mais do que duas horas em tratamento, o que o cantor parece ter feito ao dormir dentro do objeto", alerta Iriano da Silva Alves, médico gastroenterologista e diretor científico da SBMH (Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica).
O médico ainda aponta que ninguém deve usar oxigenoterapia hiperbárica de forma banalizada. "Muitas pessoas pensam que, se não fizer bem, pelo menos a terapia não fará mal. Não é dessa forma. Assim como um medicamento tomado sem orientação médica, ela pode ser tóxica para o corpo."
Para que serve?
De acordo com a SBHM, em geral, o tratamento é indicado para:
- Feridas de difícil cicatrização (como nas nádegas, em pessoas acamadas por um longo período e nos pés de diabéticos);
- Infecções graves com destruição muscular, de pele ou gordura subcutânea;
- Lesões de bexiga, intestinos, ossos e cérebro, causadas tardiamente por radioterapia;
- Esmagamentos e amputações traumáticos;
- Infecção crônica dos ossos;
- Procedimentos de cirurgia plástica reparadora, quando se recobre uma ferida com pele ou músculos retirados de outra parte do corpo do próprio paciente, com risco de insucesso;
- Presença de bolhas de ar na corrente sanguínea ("embolia gasosa arterial"), complicação passível de ocorrer após a realização de alguns procedimentos médicos;
- Queimaduras extensas;
- Coleção de pus ou ar no cérebro, causados, respectivamente, por processo infeccioso e trauma.
Ajuda no tratamento depressão?
Com suspeita de depressão, Bieber cancelou shows e revelou, em texto no Instagram, que está lutando e enfrentando coisas em sua cabeça. Logo os fãs relacionaram o tratamento de oxigenoterapia hiperbárica com a doença. Porém, segundo Alves, não existem comprovações científicas de que a técnica promova melhora de questões relacionadas à saúde mental.
"Existe apenas um estudo, da Veterans Administration (EUA), que analisa os benefícios da técnica para traumas cerebrais. A equipe relata que os participantes apresentaram melhoras, mas não foi nenhum indicativo forte, pois os benefícios foram transitórios", informa.
O diretor científico da SBMH alerta que qualquer tratamento que cobre dinheiro do paciente prometendo este tipo de resultado é completamente irregular. Podem apenas existir pesquisas científicas que tenham voluntários, mas nesses casos, devem ser gratuitas e informar o paciente que ele passará por testes.
A oxigenoterapia hiperbárica é liberada no Brasil?
Quanto custa?
O preço pode variar muito de acordo com o quadro do paciente e local em que escolhe passar, mas fica em torno de R$ 300 por sessão.
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