Topo

Movimento

Inspiração pra fazer da atividade física um hábito


Muito exercício faz mal ao coração? Segundo a ciência, não

Do UOL VivaBem, em São Paulo

18/03/2019 04h00

Que o sedentarismo faz mal à saúde, todo mundo sabe. Aliado a uma alimentação rica em gorduras, bebidas alcoólicas e ao hábito de fumar, a falta de movimento é um prato cheio para as complicações ao coração, como um infarto. Um estudo publicado no JAMA Cardiology investigou se o contrário, o excesso de exercícios, representava algum risco cardíaco, e concluiu que não.

Os pesquisadores norte-americanos consideraram que atletas que faziam pelo menos cinco horas de exercícios por semana a um ritmo de 9,6 quilômetros por hora tinham uma carga alta de exercícios de grande intensidade.

Eles selecionaram 21.758 atletas que corriam, nadavam ou pedalavam, que responderam a questionários sobre seus hábitos, além de fazerem um exame chamado Escore de Cálcio Coronário. Esse teste é feito para descobrir o risco de ataque cardíaco de uma pessoa, já que ele identifica se as artérias que levam sangue ao coração estão calcificadas. A calcificação das paredes vasculares é uma das etapas da aterosclerose, endurecimento das artérias que pode levar a um infarto.

"Durante a última década, há uma crescente preocupação de que exercícios de alto volume e alta intensidade possam ameaçar o coração. Descobrimos que grandes volumes de exercício são seguros, mesmo quando os níveis de cálcio coronário são altos", afirma Benjamin Levine ao site da Universidade do Texas, onde o estudo foi desenvolvido.

A ideia era comparar atletas que praticavam exercícios em diferentes intensidades que já tinham uma calcificação avançada destas artérias. Após acompanhá-los durante 10 anos, os pesquisadores concluíram que, entre os homens com alta intensidade de treinos, a mortalidade não variou muito mesmo com maior risco cardiovascular.

Já entre os atletas de menor intensidade, a calcificação das artérias era um fator muito importante para a propensão às doenças cardíacas.

O que aumenta o risco de aterosclerose?

O endurecimento das paredes vasculares é natural com o avanço da idade, mas manter altos níveis de colesterol, ser sedentário e fumar são fatores que aumentam o risco de aterosclerose. Isso porque o enrijecimento é causado por gordura e colesterol dentro destes vasos.

Dependendo de qual artéria é atingida, as consequências são diferentes, mas todas muito graves. Quando as artérias coronárias são afetadas, o risco é de infarto. Nos membros inferiores, causa dor e dificuldade de irrigação das pernas (claudicação). Se compromete as carótidas, artérias que levam sangue ao cérebro, a aterosclerose pode acabar em um acidente vascular cerebral.

SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube