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Pesquisa explica resistência pública à vacinação

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Imagem: iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

09/01/2019 12h50

Por que é tão desafiador aumentar o número de pessoas vacinadas? Como a resistência popular à vacinação continua forte mesmo quando as doenças evitáveis voltam?

Um novo estudo publicado no periódico científico Proceedings, da Royal Society B, mostra que problemas passados com vacinas podem causar um fenômeno conhecido como histerese, criando uma percepção negativa que endurece a resistência pública à vacinação. A descoberta explica por que é tão difícil aumentar a aceitação mesmo quando evidências esmagadoras indicam que as vacinas são seguras e benéficas.

A histerese faz com que o impacto de uma força seja observado mesmo após a própria força ter sido eliminada. "Uma vez que as pessoas questionam a segurança ou a eficácia de uma vacina, pode ser muito difícil levá-las a superar as associações negativas", explica Feng Fu, cientista que liderou a pesquisa. 

A baixa adesão à vacina é um problema de saúde pública que pode causar a perda da imunidade e levar à disseminação de doenças infecciosas. Em partes da Europa e da América do Norte, doenças comuns na infância como sarampo e caxumba retornaram como resultado da cobertura vacinal insuficiente.

Segundo a pesquisa, o loop de histerese pode ser causado por questões relacionadas ao risco e eficácia das vacinas. Experiências ou percepções negativas relacionadas à vacinação influenciam a tendência de absorção ao longo do tempo --conhecida pelos pesquisadores como uma "trajetória de vacinação" que fica presa no ciclo de histerese.

A histerese impede um aumento nos níveis de vacinação, mesmo após as objeções negativas terem sido eliminadas, tornando a sociedade cada vez mais vulnerável a surtos de doenças.

"Quando se trata de níveis de vacinação, o passado prevê o futuro. Infelizmente, isso significa que muitas pessoas vão sofrer desnecessariamente a menos que encontremos uma maneira de quebrar o impacto negativo do ciclo de histerese", informa Fu.

Como exemplo, a pesquisa observa o lento aumento na vacinação contra o sarampo em países como a França, em que a doença é recorrente apesar da disponibilidade de uma vacina eficaz. A vacinação só subiu gradualmente, mas ainda permanece insuficiente, por mais de uma década após o mito de que a medicação teria relação com o autismo.

"Este estudo mostra por que é tão difícil reverter níveis baixos ou decrescentes de vacinas. Muitas vezes, os argumentos factuais e lógicos sobre questões de saúde pública não são suficientes para superar a histerese e o comportamento humano", disse Xingru Chen, um dos autores do estudo.

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