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Chia emagrece? Confira 10 benefícios da semente

Semente de chia é aliada da digestão e da saúde cardiovascular - iStock
Semente de chia é aliada da digestão e da saúde cardiovascular Imagem: iStock

Samantha Cerquetani

Colaboração para o UOL VivaBem

02/01/2019 04h00

Entenda como consumir a semente e como ela pode ajudar na digestão

A chia é bastante conhecida por ser um "superalimento", e essa fama acontece por um bom motivo: são repletas de nutrientes que proporcionam diversos benefícios para a saúde.

Uma porção de duas colheres (cerca de 28 g) contém cerca de 79 calorias, 7 g de fibra, 3,8 g de proteína e 126 mg de cálcio - 13% do valor diário recomendado. Também possui boas quantidades de ômega 3, proteínas e antioxidantes.

Recentemente, a chia se tornou a queridinha das dietas por ajudar a emagrecer, mas diversas pesquisas científicas comprovam que consumir as sementes proporciona múltiplas vantagens para o organismo e até previne problemas de saúde. Listamos, a seguir, os principais benefícios de incluí-la na alimentação.

1. Ajuda a emagrecer

Sozinho, nenhum alimento faz uma pessoa emagrecer. Mas a chia é uma grande aliada da perda de peso, quando associada a dietas saudáveis e exercícios. Isso ocorre porque a semente é rica em fibras, além de proteínas e ômega 3. Essas propriedades ajudam a manter a saciedade e, consequentemente, na diminuição do consumo de alimentos. As fibras ajudam na absorção de água, transformam-se em um tipo de gel e aumentam a dilatação do estômago, o que torna o retorno da sensação de fome mais lento. Um estudo divulgado na Nutrition Research and Practice comprovou que comer sementes de chia no café da manhã aumenta a saciedade e reduz a ingestão de alimentos a curto prazo.

2. Previne o envelhecimento precoce

A chia é rica em antioxidantes, cujo consumo regular impede a formação de radicais livres que são responsáveis por destruir as membranas celulares, mostra uma pesquisa divulgada na Gerontology Research Center (EUA). Sendo assim, a semente ajuda em uma dieta que retarda o processo de envelhecimento.

3. Afasta doenças cardíacas

O alimento é bastante eficaz no combate de doenças cardíacas como infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC). A chia possui grandes quantidades de ômega 3, ômega 6, antioxidantes, fibras e proteínas que protegem o organismo de doenças cardiovasculares. O ômega 3, por exemplo, ajuda a regular a pressão dos vasos sanguíneos e evita a hipertensão, de acordo com um estudo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Além disso, diversas pesquisas relacionam o alimento com a diminuição desses tipos de problema de saúde, como em pessoas com diabetes.

4. Controla e previne diabetes

A semente de chia possui fibras e aumenta o tempo de liberação da glicose no organismo, o que contribui para prevenir o diabetes tipo 2. Sabe-se que o alimento quando colocado em contato com a água, forma um gel viscoso que, quando ingerido, produz uma barreira física que separa as enzimas digestivas dos carboidratos, promovendo uma lenta conversão de carboidratos em açúcar. Consequentemente, proporciona uma digestão mais lenta, mantendo os níveis de açúcares no sangue mais constantes e controlando a glicemia.

5. Fortalece a imunidade

O alimento possui nutrientes como fósforo, manganês e potássio, que auxiliam a função imunológica, pois inibem a reprodução de células inflamatórias, atuando na prevenção de doenças e na preservação de membranas celulares e neurotransmissores. Também contém aminoácidos como o ácido aspártico e a glutamina, que estão relacionados com a melhora do sistema imunológico. Por isso, incluir a chia na dieta reforça as defesas do organismo e afasta o risco de doenças como gripes, resfriados e infecções.

6. Protege os ossos

A chia também é fonte de cálcio, mineral essencial para manter a saúde óssea estável. Dessa forma, o grão se torna um aliado para manter os ossos rígidos e prevenir a osteoporose --condição que deixa os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas.

7. Previne a prisão de ventre

Um dos maiores componentes da chia são as fibras, principalmente a fibra insolúvel que, quando associada à água, se transforma em um gel, que aumenta o volume fecal e induz os movimentos peristálticos, prevenindo a constipação, além de aumentar a saciedade.

8. Ajuda a prevenir câncer

Os mesmos antioxidantes que reduzem o envelhecimento celular também ajudam a prevenir a formação de tumores, o que a torna a chia bem-vinda na dieta de quem quer evitar o problema. Ela também apresenta abundância em fibras, o que induz o peristaltismo intestinal (movimentos do intestino) e ajuda a prevenir o câncer de cólon.

9. Protege o cérebro

A chia auxilia as funções cerebrais por conter magnésio, nutriente essencial para o pleno funcionamento do cérebro e ligações cognitivas. Além disso, a semente contém ácidos linoleico e alfa-linolênico que estão relacionados à formação das membranas celulares, as funções cerebrais e a transmissão de impulsos nervosos.

10. Melhora o organismo após o treino

Com seu alto teor de proteína e fibra, as sementes de chia são ideais para serem incluídas em uma bebida ou um lanche de recuperação pós-treino. Isso acontece devido a presença da proteína. O nutriente contribui para a manutenção de massa muscular e fornece mais energia. Além disso, as sementes de chia possuem ômega 3, o que melhora o desempenho dos atletas, de acordo com uma pesquisa da Universidade do Alabama (EUA).

Benefício em estudo

- Diminui colesterol: O consumo de chia, mesmo em doses baixas, diminui a viscosidade do sangue, devido à presença de ácido graxo ômega 3. Isso facilita a microcirculação, aumentando a oxigenação dos tecidos e reduzindo, assim, os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue. Estudos realizados em ratos comprovam a eficiência do alimento contra o colesterol "ruim" no organismo.

- Evita a formação de gordura localizada: um estudo divulgado pelo European Journal of Clinical Nutrition, mostrou que a chia pode ajudar na redução dos "pneuzinhos". Realizado por doze semanas com treze indivíduos saudáveis que consumiram a semente. Eles tiveram uma redução nos picos de insulina no sangue, o que evita o acúmulo de gordura no organismo.

Riscos da semente

Por ser bastante calórica, os especialistas recomendam uma porção diária, cerca de duas colheres de sopa de chia, divididas em diferentes refeições.

O ideal é que a chia seja hidratada antes do consumo. Em excesso, e em casos de pessoas que bebem pouca água, pode causar problemas digestivos como dores abdominais, constipação, diarreia, inchaço e gases. Isso ocorre devido a grande quantidade de fibras presentes no alimento.

As pessoas que são sensíveis à mostarda, sementes de gergelim, orégano ou tomilho também podem ser alérgicos a chia. Aqueles que tomam anticoagulantes, outros medicamentos para problemas cardíacos ou diabetes devem consultar seus médicos antes de consumir as sementes de chia.

É importante ressaltar que a chia possui propriedades que reduzem a pressão arterial. Por isso, o consumo deve ser moderado para pessoas com pressão baixa. Sabe-se também que ocorreram complicações em quem tinha problemas de deglutição, uma vez que a semente absorve grandes quantidades de líquidos e pode expandir o esôfago quando consumida com água.

Como consumir?

Pudim de chia - iStock - iStock
Imagem: iStock

A chia tem um sabor neutro, podendo ser usada em preparações doces e salgadas. Veja, a seguir, algumas formas de incluir a semente no dia a dia.

- In natura: pode ser consumida polvilhada em iogurte ou saladas de frutas.

- Massas: adicione em massas de pães e tortas. Ela pode ser a substituta da farinha de trigo.

- Bebidas: para aumentar o teor de fibras e diminuir o índice glicêmico, a semente pode fazer parte de sucos ou vitaminas.

- Saladas: experimente salpicar a semente em diferentes saladas para desfrutar dos nutrientes da chia.

- Ovos: a semente também pode complementar as receitas de omeletes e até mesmo substituir o alimento. Isso é possível porque ao misturar a chia com água ela se transforma em gel.

Fontes: Marcela Voris, nutróloga e membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Marisa Resende Coutinho, nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo de SP; Marisa Diniz Graça, nutricionista do Hospital Leforte; Tarcila Ferraz de Campos, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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