Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Sensores minúsculos são capazes de detectar o câncer precocemente

Os sensores conseguem detectar a interação entre proteínas que podem gerar células cancerosas  - BBC
Os sensores conseguem detectar a interação entre proteínas que podem gerar células cancerosas Imagem: BBC

Do UOL VivaBem, em São Paulo

12/12/2018 20h23

Novas pesquisas usam nanosensores para encontrar pequenas mudanças moleculares no organismo que podem ser indicativas de câncer. Os resultados foram publicados na revista Nature.

Os cientistas estão animados com a novidade, uma vez que o câncer é uma doença perigosa e deve registrar 600 mil novos casos tanto em 2018 como em 2019, segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Pensando no alto número, pesquisadores enxergaram a detecção precoce do câncer com risco de morte como algo crucial para acelerar o tratamento e evitar mortes. 

Os minúsculos sensores estudados são capazes de detectar interações entre proteínas, apelidadas de PPIs, que caracterizam processos essenciais para o desenvolvimento das células. São usados métodos tecnológicos para criar um mapa completo de interações de proteínas que podem ocorrer no organismo. 

As tais PPIs dependem de uma variedade de fatores, como o tipo de célula e as condições ambientais. Além disso, algumas PPIs são estáveis e outras temporárias. Focando no câncer, as interações que marcam o desenvolvimento de células cancerosas são transitórias, podem durar apenas um milissegundo. 

Esta natureza fugaz das PPIs dificulta a sua detecção. Porém, os nanosensores do novo estudo conseguiram contar esse problema ao detectar as interações proteicas por pequenas aberturas na membrana celular. Assim, os cientistas conseguem captar todas as interações e estudá-las para detectar seus perigos. 

"Se nós sabemos como partes individuais de uma célula funcionam, podemos descobrir por que uma célula se desvia da funcionalidade normal em direção a um estado semelhante ao tumor [...]. Nossos pequenos sensores podem fazer grandes coisas para triagem de biomarcadores, perfil de proteína e estudo em larga escala de proteínas [conhecidas como proteômica]," concluiu a pesquisa.

As descobertas são especialmente úteis para identificar mais cedo casos de leucemia linfocítica, uma condição na qual as células sanguíneas não amadurecem e morrem normalmente, mas se acumulam na medula óssea e eliminam as células normais e saudáveis.

SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube