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24 horas de trabalho de parto? Entenda por que Sabrina passou por cesárea

Divulgação/ Instagram
Imagem: Divulgação/ Instagram

Priscila Carvalho

Do UOL VivaBem, em São Paulo

30/11/2018 11h47

Depois de quase 24 horas no hospital, finalmente a filha de Sabrina Sato, Zoe, chegou ao mundo. A apresentadora deu à luz nesta quinta-feira (29) em São Paulo. Muitas pessoas estavam preocupadas e ansiosas com a chegada da criança que "demorou" a nascer --a gestação durou 41 semanas, e o nascimento a partir de 42 é considerada pós-termo, situação em que alguns riscos ao feto podem ocorrer. Veja aqui até quando é saudável a gravidez se prolongar.

Desde o início da gravidez, a artista deixou clara a vontade de ter um parto natural, que pode durar muitas horas. No entanto, ao contrário de muitas mulheres, a apresentadora teve uma rotura de bolsa, condição rara que ocorre quando a membrana amniótica se rompe sem que a grávida esteja em trabalho de parto. Normalmente, a bolsa estoura quando as mulheres já estão com oito dedos de dilatação e o parto ocorre de maneira mais rápida. 

É importante ressaltar que não necessariamente Sabrina ficou 24 horas em trabalho de parto. Esse foi o tempo de internação desde que a bolsa estourou sem dilatação. 

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No caso dela, os médicos optaram por uma cesárea já que a apresentadora não tinha contrações, dilatação suficiente e a bolsa já havia rompido há horas. Mas em que momento deve-se optar por esse procedimento? De acordo com especialistas ouvidos pelo UOL VivaBem, é importante que a mulher entre em trabalho de parto em até 24 horas após rotura

Depois de mais de 12 horas em que o bebê está no abdômen, sem estar protegido por causa do rompimento da bolsa, haverá menor quantidade de líquido amniótico e, com isso, aumentam os riscos de infecção --os micróbios da vagina podem subir e, assim, infectar o feto. Além disso, o neném pode começar a beber o próprio xixi e ficar desidratado, uma vez que o sódio da urina pode acelerar a perda de água.

Outro fator de risco é adquirir atonia uterina, no qual o útero não consegue contrair depois que o bebê nasce. Isso pode gerar hemorragia pós-parto e, se não for cuidada a tempo, provoca a morte da mãe.

Fontes: Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do hospital Albert Einstein, que trabalha no projeto "Parto Adequado, união de forças hospitalares para reduzir o número de cesarianas"; Claudio Basbaum, médico ginecologista e obstetra do hospital São Luiz e percursor do Parto Humanizado e da técnica Shantala no Brasil. 

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do informado, a atonia uterina é quando o útero não consegue contrair.