Sua personalidade na adolescência pode afetar quanto tempo você vai viver
Um novo estudo descobriu que que traços de personalidade na adolescência impacta na longevidade. Publicada no periódico BMJ na terça-feira (20), a pesquisa mostrou que os indivíduos caracterizados por calma, sensibilidade social (empatia), limpeza, senso de curiosidade e grau de maturidade vivem mais.
A equipe de cientistas da Universidade de Rochester e da Universidade de Illinois, ambas nos Estados Unidos, teve acesso a dados de 377.016 estudantes que tinham entre 13 e 18 anos de idade no início do estudo, em 1960, e que haviam completado numerosos testes psicológicos e questionários.
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Na época, os alunos foram avaliados em 10 traços de personalidade que pareciam cruciais para o desenvolvimento e o sucesso dos adolescentes: calma, sensibilidade social (empatia), impulsividade, liderança (determinada por um sentido de responsabilidade e autodeterminação), vigor (sendo energético), autoconfiança, limpeza (ordem), sociabilidade, cultura (ou uma sensação de curiosidade) e personalidade madura (orientada para objetivos).
Para a análise final, a equipe levou em conta os dados de 26.845 participantes de 1.171 escolas. Durante um período médio de acompanhamento de 48 anos, 13,12% desses participantes faleceram.
Ao observarem as informações, os pesquisadores relataram que os indivíduos que se diziam mais calmos, curiosos, com personalidade madura e senso se limpeza, e que marcaram pouca impulsividade tiveram menos risco relativo de morte por qualquer causa durante o período de 48 anos.
"Uma mudança [de desvio padrão] em traços de personalidade foi associada a aumentos ou diminuições (5 a 7%) no risco relativo de 48 anos de morte", escrevem os autores. Segundo eles, o rastreamento das associações de mortalidade e personalidade para a adolescência é surpreendente porque os anos do ensino médio são amplamente vistos como uma época de desenvolvimento da personalidade e maleabilidade.
A explicação para a relação entre a longevidade e a personalidade pode ser explicada justamente porque é nessa época da vida que os traços de cada um podem conduzir escolhas cruciais de estilo de vida, bem como trajetórias pessoais.
"Traços desadaptativos também parecem limitar a realização educacional posterior, impedir o avanço ocupacional na meia-idade e aumentar o risco de divórcio --fatores sociais e socioeconômicos ligados à morte tardia", avaliam os cientistas.
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