Ana Furtado inicia radioterapia. Como é tratamento? Tem efeitos colaterais?
Após passar por cirurgia e tratamento de quimioterapia contra o câncer de mama, a apresentadora Ana Furtado usou sua conta no Instagram para anunciar o início de sessões de radioterapia. Ela publicou uma foto e disse que a imagem a "faz pensar em olhar para frente com fé e confiança. Seguir adiante com coragem".
O tratamento que Ana vai encarar agora utiliza a radiação para destruir ou impedir o crescimento das células de um tumor, além de controlar sangramentos e dores. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 70% dos pacientes com diagnóstico de câncer serão submetidos à radioterapia em alguma fase da recuperação.
Por diminuir as chances de recorrência do tumor, a radioterapia é indicada tanto em casos mais leves, nos quais há a preservação de mama, quanto em quadros mais avançados, quando há comprometimento de linfonodos na axila e é necessário a retirada das mamas.
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A radioterapia pode ser curativa (para acabar totalmente com o tumor), remissiva (reduzir o tamanho do câncer), profilática (eliminar possíveis células neoplásicas dispersas) e paliativa (melhorar a qualidade de vida).
Como é o tratamento?
Apesar de Ana Furtado não citar qual o tipo que será utilizado em seu caso, a mais comum para a doença que acomete a apresentadora é a radioterapia externa (também chamada de convencional), que consiste em irradiar o órgão com doses fracionadas. A aplicação dura apenas alguns minutos e é indolor.
As doses de radiação e o tempo de aplicação são calculados de acordo com o tipo e o tamanho do tumor. "Para prever os efeitos da dose que chegarão nos órgãos vitais e preservar as células saudáveis, os médicos fazem um planejamento individual antes do início do tratamento, a partir de tomografia do local afetado", explica Ricardo César Fogarolli radioterauta do A.C. Camargo Cancer Center.
Durante as aplicações, os pacientes não sentem dor e nem conseguem ver a radiação.
Graças aos avanços da medicina, os efeitos colaterais já não são mais tão fortes. "Há alguns anos atrás, as pacientes ainda sofriam com edemas, inchaço e em casos mais graves, danos em órgãos vitais como o pulmão e o coração. Hoje, na maioria dos quadros, os problemas restringem-se a reações cutâneas, como alergia ou irritação na pele", afirma Fogarolli.
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