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Proteína que fortalece conexão entre neurônios pode ajudar contra Alzheimer

Proteína conhecida por fazer ligação entre neurônios também trabalha fortalecendo memória e aprendizado  - iStock
Proteína conhecida por fazer ligação entre neurônios também trabalha fortalecendo memória e aprendizado Imagem: iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

10/11/2018 16h55

Um novo estudo mostrou que uma proteína famosa por desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do cérebro quando somos crianças tem mais de uma função: ela também é essencial no aprendizado e memória no cérebro adulto.

A proteína "trabalhadora" é chamada de netrina e fortalece as conexões entre células cerebrais. Os médicos conhecem a netrina por ser liberada assim que um neurônio fica ativo.

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Normalmente, a proteína trabalha como se quisesse criar laços entre neurônios, fortalecendo a conexão entre as células vizinhas e sinalizando que devem tornar a sinapse mais forte. É como se netrina apresentasse os neurônios mais próximos e explicasse que é importante eles se abraçarem e trabalharem unidos para terem mais sucesso, seguindo à risca aquele ditado de que a união faz a força.

A pesquisa, publicada no jornal científico Cell Reports, conta que os cientistas já sabiam que a netrina é essencial para o desenvolvimento do cérbero embrionário e infantil por fazer essas conexões entre neurônios. Porém, só com a nova análise foi possível revelar que a proteína também fortalece as sinapses no hipocampo do cérebro adulto, uma área que está envolvida na memória e aprendizado.

"Antes era um mistério, não compreendíamos por que o cérebro continuava produzindo netrina depois que todas as conexões já haviam sido feitas na infância. Mas agora desvendamos o enigma, ela também funciona no hipocampo", afirmou Timothy Kennedy, líder do estudo.

Com a descoberta, os pesquisadores acreditam que podem ajudar a criar tratamentos para doenças de memória como o Alzheimer.

"Estudos recentes de cérebros adultos revelam que muitas conexões sinápticas ficam inativas com o tempo. Não há nada de errado com os neurônios, mas eles são desligados, como lâmpadas", explicou Kennedy. "Acreditamos que ao desvendar essa função da netrina encontramos um mecanismo molecular para reativar essas sinapses e fortalecê-las".

O próximo passo dos pesquisadores é ver como o cérebro de ratos funciona ao receber netrina e ao ser privado da proteína, para analisar se o aumento de netrina realmente ajuda a fortalecer as ligações cerebrais que cuidam da nossa memória e aprendizado. Confirmando a teoria, os cientistas podem dar início aos esboços de um novo medicamento.

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