Quer viver muito? Melhor se mudar para um desses países até 2040
Um novo estudo, publicado na terça-feira (16) no periódico The Lancet, compilou dados da pesquisa Global Burden of Disease e previu a expectativa de vida média em 295 países no ano de 2040. Se você pretende viver bastante, saiba que as notícias são boas, mas nem tanto. Enquanto todas as nações provavelmente experimentarão um ligeiro aumento no tempo de vida nas próximas duas décadas, quase metade delas pode enfrentar menores expectativas de vida.
Até 2040, os pesquisadores sugerem que haverá um aumento na morte por lesões, como acidentes de carro e doenças não transmissíveis como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença renal crônica, diabetes, câncer de pulmão e outros problemas de saúde ligados à obesidade. Os principais fatores que contribuem para essas mortes incluem pressão alta, IMC (índice de massa corporal), açúcar no sangue, uso de tabaco e álcool e poluição do ar.
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Até o ano estudado, os números prometem mudar bastante. Em 2016, por exemplo, a expectativa média de vida da China era de 76,3 anos, colocando a nação em 68º no mundo. Em 2040, a expectativa de vida poderia saltar para 81,9 anos, levando o país para o 39º lugar. Espera-se que a Síria (137 a 80), a Nigéria (157 a 123) e a Indonésia (117 a 100) também subam nas posições.
O Brasil não parece sofrer grandes mudanças. Se em 2016 a expectativa de vida ficava em 75,2 anos, deixando o país em 81º lugar, em 2040 os pesquisadores esperam que a idade máxima média da população chega a 78,5 anos, atingindo o 82º lugar.
Por outro lado, os EUA poderiam ver a maior queda de todos os países de alta renda. Com um aumento de apenas 1,1 anos (79,8 anos), a nação cairá 21 pontos, indo para 64º, seguido pelo Canadá, Noruega, Bélgica e Holanda.
Agora, você deve estar se perguntando quem faz parte do grupo dos cinco lugares onde as pessoas vivem mais. Apesar de qualquer país asiático vir à mente, saiba que quem levou o prêmio de país mais saudável do mundo, com uma vida útil média de 85,8 anos, está a Espanha. Em seguida vieram Japão (85,7 anos), Cingapura (85,4), Suíça (85,2) e Portugal (84,5).
Queda em quase metade dos países
Aqui é onde a disparidade entra em ação. Países com classificação mais baixa, como Lesoto, Suazilândia, África Central e África do Sul, podem ter uma queda de até 30 anos na expectativa de vida. Segundo os pesquisadores, a queda ocorrerá devido a fatores socioeconômicos como a fertilidade, a renda per capita, acesso à água potável e as taxas de educação --mas os autores dizem que ainda não é tarde demais para mudar esses resultados.
“As desigualdades continuarão sendo grandes,” diz o diretor do Instituto de Medição e Avaliação da Saúde, da Universidade de Washington, Christopher Murray. “A brecha entre os ‘melhores’ e os ‘piores’ cenários diminuirá, mas ainda será significativa. Em uma quantidade considerável de países, muitas pessoas continuarão tendo renda relativamente baixa, baixo nível educativo e morrerão de forma prematura. Contudo, as nações progredirão mais rapidamente, ajudando as pessoas a fazer face aos principais riscos, especialmente o tabagismo e a alimentação deficiente.”
De acordo com Murray, esses cenários oferecem novas perspectivas e ajudam a determinar o planejamento de saúde, especialmente em relação a extensos períodos de atraso entre os investimentos iniciais e seus impactos, tais como na procura e no desenvolvimento de medicamentos.
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