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Aplicação de metacril nos glúteos pode levar à morte; entenda os riscos

borevina/IStock
Imagem: borevina/IStock

Giulia Granchi

Do UOL VivaBem, em São Paulo

17/10/2018 16h00

Um procedimento estético nos glúteos utilizando o produto metacril levou uma empresária à morte no último sábado (13). O caso não é isolado: no último ano, ocorreram várias internações ou mortes por complicações com a substância, que é composta por microesferas de um material similar ao plástico.

A aplicação se tornou popular por aumentar o volume e “empinar” o bumbum, sendo mulheres as principais adeptas à técnica.

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Apesar de ser aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o PMMA (polimetilmetacrilato), também comercializado com o nome de metacril, pexiglass ou lecite, não é recomendado para o livre uso. “Geralmente, ele é liberado para tratamento de lipodistrofia, que é a deficiência de gordura em pacientes soropositivos, para procedimentos estéticos no rosto, mas sempre em pequenas quantidades”, explica Fernando Bianco, cirurgião plástico e membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

De acordo com Bianco, o problema não é o produto, mas sim a quantidade aplicada para aumentar os glúteos -- muito maior do que a aprovada pela agência reguladora, que dá recomendações específicas de quantidades de acordo com a indicação e a região em que a aplicação será feita. A substância pode gerar a degeneração de células, e se injetada dentro de vasos, ainda pode causar infecção, sangramento e até embolias, que podem levar à morte.

Para este tipo de objetivo estético, o ideal é que seja feita uma aplicação com a gordura do próprio paciente ou uma prótese de glúteo. “Não existe nenhuma substância que possa ser aplicada de modo seguro em grandes quantidades, como está sendo feito de modo equivocado com o metacril”, acrescenta Bianco.

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