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Antibiótico existente tem eficácia contra melanoma em animais, diz estudo

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Imagem: iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

15/10/2018 13h38

O melanoma é um tipo de câncer de pele que se desenvolve a partir dos melanócitos. Muitos casos são tratados com sucesso, mas, devido ao constante aumento da prevalência, é cada vez mais importante projetar o tratamento mais eficaz possível.

Em pesquisas antigas, os cientistas mostraram que as células mais difíceis de tratar produzem níveis particularmente altos de uma enzima chamada aldeído desidrogenase 1 (ALDH1).

Usando isso como ponto de partida, os especialistas do Instituto de Pesquisa Médica do Instituto de Genética e Medicina Molecular da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, procuraram maneiras de bloquear a produção da enzima, e o novo estudo impulsiona ainda mais as informações, com o objetivo de eliminar e destruir todas as células que secretam altos níveis de ALDH1. O estudo foi publicado no periódico revista Cell Chemical Biology.

Durante o trabalho científico, a equipe implantou amostras de melanoma humano em camundongos e depois tratou-os com o antibiótico nifuroxazida. Como esperado, o medicamento matou seletivamente células tumorais que produziam níveis mais altos de ALDH1, mas não danificavam outros tipos de células.

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Para a próxima etapa, eles trataram o tumor com drogas padrão contra o câncer --os inibidores BRAF e MEK -- e o número de células que produzem níveis mais altos de ALDH1 aumentou e se tornou particularmente sensível à nifuroxazida.

"Não haverá uma solução mágica para a segmentação do melanoma - as variações que existem nos cânceres significam que haverá necessidade de terapias combinadas", pondera Liz Patton, uma das autoras do estudo.

A nifuroxazida é uma droga bem usada, mas ainda há muitos obstáculos a serem eliminados antes que ela possa ser usada para tratar o câncer em estudos clínicos, como Patton descreve. "É ótimo que este antibiótico seja aprovado para uso em seres humanos, mas não foi concebido como um medicamento contra o câncer, então ainda precisamos descobrir se ele é seguro e eficaz para o câncer em humanos.”

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