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Ana Furtado toma tamoxifeno para evitar volta do câncer; remédio funciona?

Reprodução Instagram/@aanafurtado
Imagem: Reprodução Instagram/@aanafurtado

Giulia Granchi

Do UOL VivaBem, em São Paulo

27/09/2018 16h28

Após anunciar a remissão de um câncer de mama, a apresentadora Ana Furtado postou hoje (27) em seu Instagram que está tomando pílulas de tamoxifeno, medicamento considerado um modulador seletivo do receptor de estrogênio, para evitar a volta da doença.

"Começo hoje mais um passo importante para a minha cura definitiva. A partir de hoje e por 5 anos tomarei tamoxifeno, que bloqueia o estrogênio nas células mamárias, e que por isso pode ser útil na redução do risco de câncer de mama. É usado principalmente para tratar câncer de mama positivo para receptor hormonal (câncer de mama com receptores de estrogênio e/ou progesterona). O que me "'visitou' era assim." 

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Para alguns casos, o remédio é, sim, capaz de ajudar as pacientes em estado de remissão a terem chances ainda menores da volta da doença. Aproximadamente 60% dos tumores de câncer de mama apresentam receptores de hormônio, o que significa que na presença de estrogênio, os receptores são estimulados e fazem com que as células malignas cresçam e se multipliquem. 

O tamoxifeno funciona justamente como um bloqueador desses receptores de estrogênio nas células. De acordo com os especialistas, o medicamento é um case de sucesso. Ele é indicado como tratamento adjuvante, na pós-cirurgia e após quimioterapia e radioterapia para os quadros que necessitaram. Após meio século de uso em pacientes, ele apresenta altos índices de eficácia.

Em comparação com outros que exercem a mesma função, ele ainda traz um benefício: bloqueia especialmente o estrogênio no tecido da mama, e não em outras áreas do organismo, evitando que as mulheres tenham, por exemplo, envelhecimento ósseo, possível durante o uso de outros remédios semelhantes.

No mesmo post, a apresentadora afirma que a droga antecipa a menopausa. É verdade que, por diminuir a recepção de hormônios, um dos efeitos colaterais são os sintomas da condição comum para mulheres de mais de 50 anos. Eles incluem ondas de calor, ressecamento vaginal e cutâneo, alterações na libido e possível perda de massa óssea. 

No entanto, os sintomas podem ser melhorados com medidas de estilo de vida. A atividade física, por exemplo, ajuda nas ondas de calor, ganho de massa magra, prevenção de perda de massa óssea e do ganho de peso. 

Fontes: Solange Moraes Sanches, médica oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center e Artur Malzyner, médico oncologista da Hospital Israelita Albert Einstein, graduado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP).

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