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Ciência descobre por que algumas pessoas têm mais chances de ter gota

A gota causa dor e inchaço nas articulações dos pés, mãos e outras regiões - Getty Images
A gota causa dor e inchaço nas articulações dos pés, mãos e outras regiões Imagem: Getty Images

Do UOL VivaBem, em São Paulo

26/09/2018 10h11

Quando consumimos alimentos ricos em proteínas, o organismo acaba por formar uma substância chamada de purina, que é metabolizada pelo fígado e transformada em ácido úrico. Quando o nível desse elemento no sangue encontra-se acima do normal, ocorre a deposição de cristais de ácido úrico nos tecidos e isso pode levar ao desenvolvimento de gota, doença inflamatória que causa dor e inchaço nas articulações dos dedos dos pés, dos joelhos, dos cotovelos, dos pulsos e dos dedos das mãos.

O curioso é que algumas pessoas, mesmo com os níveis de ácido úrico elevados, não apresentam o problema, e a resposta para isso pode estar em uma diferença genética, foi o que apontou um estudo publicado na revista Human Molecular Genetics.

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Ao longo da pesquisa, percebeu-se que o gene PDZK1 ajuda a excretar o urato através do rim e do intestino, evitando a formação dos cristais da gota. E uma alteração genética ao lado desse gene pode afetá-lo, causando alteração na quantidade desse gene produzido. "Nossos resultados identificaram um novo caminho molecular para a gota, permitindo uma compreensão do motivo pelo qual há risco da doença em pacientes com essa variante genética específica", explica Julia Horsfield, uma das autoras do estudo e professora do Departamento de Patologia da Universidade de Otago, na Nova Zelândia.

A professora ainda esclarece que existem dezenas de regiões no genoma humano com sinais que aumentam os níveis de urato no sangue. O problema é que muitos desses pontos estão fora dos genes, e ainda não se sabe como eles podem controlar a quantidade de ácido úrico e o risco de gota ou doença renal. “Essas regiões associadas provavelmente representam elementos reguladores que controlam a expressão gênica”, diz Julia. Para os pesquisadores, entender como a variação genética contribui para o risco dessas enfermidades pode, daqui para frente, determinar a escolha do tratamento para cada pessoa.

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