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Estimulação cerebral elétrica para a criatividade: quais são os riscos?

RichVintage/Istock
Imagem: RichVintage/Istock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

21/09/2018 11h14

A estimulação elétrica transcraniana (tDCS) está sendo usada cada vez mais para aumentar a criatividade. Um novo artigo publicado no periódico Creativity Research Journal analisa os riscos desse fenômeno.

Na tDCS, uma corrente elétrica fraca é aplicada ao crânio através de minúsculos eletrodos que são colocados no couro cabeludo por alguns minutos.

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Alguns pesquisadores acreditam que tal estimulação é capaz de modular a atividade neuronal e alterar comportamentos, e de fato, evidências recentes de neuroimagem indicam resultados de mecanismos neurais que suportam as teorias.

A partir de testes com voluntários homens e mulheres, professores da Georgetown University, responsáveis pelo estudo, concluíram que mecanismos neurais que apoiam o dinamismo no desempenho criativo sugerem o potencial encorajador de intervenções cognitivas e neurais direcionadas.

Os resultados fornecem novas evidências de que o método estimula o aumento consciente da criatividade e amplia os conhecimentos sobre o assunto para futuras intervenções.

A técnica tem sido usada para ajudar os sobreviventes de derrame a recuperar suas habilidades motoras e de linguagem e para tratar pessoas com depressão.

No entanto, quando se trata de usar a tDCS para não reabilitar, mas reforçar uma habilidade como a criatividade, há uma série de implicações éticas. Como uma preocupação recente, os professores destacam a fabricação própria dos dispositivos. A venda feita diretamente ao consumidor é muitas vezes resultado de fabricações caseiras, o que diminui a segurança, especialmente o aparelho for usado em crianças.

Embora a segurança seja uma questão importante, os pesquisadores também destacam o delicado equilíbrio entre respeitar os regulamentos e capacitar a comunidade de novos cientistas para criar dispositivos originais e possivelmente mais eficazes.

A equipe também observa o perigo de que um uso cada vez mais difundido da tecnologia para melhorar a criatividade vá longe demais e resulte em novos distúrbios. “Ajustar o limiar de quais habilidades são consideradas ‘normais’ pode abrir as portas para tratamentos desnecessários”, explicam os autores.

Eles também destacam que cientistas estão cada vez mais procurando usar o dispositivo para tratar problemas de memória em condições neurodegenerativas, problemas cognitivos na doença de Parkinson, dor crônica e certos sintomas de ansiedade.

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