Inalar medicamento de pressão arterial ajuda prevenir ataques de pânico
Taquicardia, suor frio e tontura. Estes são alguns dos sintomas mais comuns de quem sofre com o ataque de pânico. O tratamento para transtornos de ansiedade pode incluir psicoterapia e medicação, como antidepressivos. No entanto, existem poucas opções seguras e eficazes que fornecem alívio imediato para ataques de pânico.
Para tentar achar a resposta para o problema, especialistas do Centro de Dependência e Saúde Mental em Toronto, Canadá, investigaram se um medicamento existente pode aliviar instantaneamente os sintomas de ataques de pânico agindo sobre as mudanças moleculares que são trazidas pela adversidade infantil. O estudo foi publicado no periódico Journal of Psychopharmacology.
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Especificamente, neste novo estudo, os cientistas baseiam-se em pesquisas anteriores em camundongos que sugeriram que o trauma na infância provoca alterações no gene do canal iônico sensível ao ácido-1, maior sensibilidade à dor e hipersensibilidade ao dióxido de carbono no ar.
Como os pesquisadores explicam, essas alterações fisiológicas (como a hipersensibilidade ao dióxido de carbono) podem levar a sintomas físicos, como dificuldade de respirar e hiperventilação.
A equipe levantou a hipótese de que uma droga que pode inibir os canais iônicos sensíveis ao ácido também pode reduzir a sensibilidade à dor e a hipersensibilidade ao dióxido de carbono. Por isso, eles avaliaram os efeitos do inibidor de canais iônicos "amiloride", um agente comumente usado no tratamento da hipertensão.
Para contornar a questão da barreira hematoencefálica, os cientistas administraram a droga a camundongos via inalação. Isso permitiu que o remédio atingisse o cérebro dos roedores imediatamente.
Na sua forma inalada, uma dose de amiloride melhorou os sinais respiratórios de ansiedade e sensibilidade à dor nos roedores. "A substância inalada pode provar ter benefícios para o transtorno do pânico, que é tipicamente caracterizado por crises de falta de ar e medo, quando as pessoas sentem os níveis de ansiedade subindo”, afirmou Marco Battaglia, um dos autores do estudo.
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