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Exame de vista pode indicar Alzheimer bem antes de sintomas aparecerem

Cientistas descobriram que alterações na retina podem ser um indicador de Alzheimer - iStock
Cientistas descobriram que alterações na retina podem ser um indicador de Alzheimer Imagem: iStock

Do VivaBem

25/08/2018 13h38

O Alzheimer ainda é um problema sem cura e iniciar o tratamento da doença precocemente é apontado como um dos pontos mais importantes para prolongar a memória e a qualidade de vida do paciente. Uma nova descoberta, feita por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Washington (EUA), pode ajudar bastante isso.

No estudo publicado esta semana no periódico JAMA Ophthalmology, os cientistas revelaram que com uma angiografia por tomografia de coerência óptica (OCT), exame de vista simples, realizado em grande parte das clínicas, pode ser possível identificar o Alzheimer em pessoas que ainda não apresentam sintomas da doença, antecipando seu tratamento e postergando os danos causados ao cérebro.

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Em estudos anteriores, pesquisadores já haviam reportado que pessoas com Alzheimer apresentavam sinais de alteração no centro da retina e no nervo óptico. No trabalho científico feito pela Universidade Washington, os médicos examinaram na angiografia por OCT os olhos de 30 idosos com cerca de 70 anos, que ainda não apresentavam sintomas de Alzheimer. O teste permite avaliar os vasos sanguíneos da retina e do nervo óptico.

Todos os voluntários eram pacientes do Knight Alzheimer's Disease Research Center e, mesmo sem sinais do problema cognitivo, 17 deles apresentaram em exames invasivos anteriores elevado nível de beta-amilóide ou TAU no cérebro —fator associado à doença degenerativa. Portanto, tinham grande potencial de desenvolver o mal neurodegenerativo, o que os pesquisadores chamaram de "Alzheimer pré-clínico".

"Todos nós temos uma pequena área desprovida de vasos sanguíneos no centro de nossa retina. Descobrimos que essa região sofreu um aumento significamente nos 17 idosos com Alzheimer pré-clínico", afirmou Paul A. Cibis, um dos responsáveis pelo estudo. A alteração no olho não foi demonstrada nos 13 pacientes que não apresentaram nível elevado de beta-amilóide ou TAU.

Os pesquisadores ressaltam que é necessário replicar o teste em um número maior de pessoas para confirmar a descoberta. No entanto, eles acreditam que, caso essas alterações nos olhos realmente sejam um sinal de Alzheimer, isso vai ajudar bastante a identificar o risco de demência em pessoas com 40 ou 50 anos e antecipar seu tratamento em um momento em que o cérebro ainda não sofreu tantos danos.

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