Ingerir mais proteína após a perda de peso pode reduzir gordura no fígado
Aumentar a quantidade de proteína na dieta pode reduzir o teor de gordura do fígado e diminuir o risco de diabetes em pessoas com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), de acordo com um estudo publicado no periódico American Journal of Physiology.
A doença ocorre quando mais de cinco por cento do peso total do fígado é composto de tecido adiposo. Pessoas com a condição têm maior risco de câncer de fígado ou insuficiência hepática.
Além disso, os pacientes são mais propensos a desenvolver diabetes tipo 2, e vice-versa (estima-se que 70% das pessoas com diabetes tipo 2 também tenham a doença que acomete o fígado).
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Pesquisas anteriores descobriram que a suplementação proteica em curto prazo ajuda a reduzir o teor de gordura no fígado, mas há poucos estudos sobre os efeitos a longo prazo.
O estudo foi realizado durante dois anos por cientistas da American Physiologial Society para determinar o impacto a longo prazo da proteína da dieta em um fígado gordo após a perda de peso. Esta análise fez parte de uma série de testes que visam identificar o padrão de estilo de vida mais eficiente para a prevenção do diabetes tipo 2 em indivíduos com sobrepeso, obesidade ou pré-diabéticos.
Na pesquisa, 25 voluntários adultos --15 dos quais tinham sido previamente diagnosticados com a patologia -- participaram de uma dieta de baixa caloria durante oito semanas para perder até oito por cento do seu peso corporal.
Após o emagrecimento, eles foram orientados a manter o seu peso durante dois anos e a seguir uma dieta proteica moderada ou alta com uma média de 0,8 a 1 grama de proteína por quilograma de peso corporal.
A equipe coletou amostras de sangue e urina e realizou exames para avaliar a quantidade de gordura no fígado e a quantidade de proteína eliminada dos corpos dos voluntários em três intervalos: o início da fase de manutenção do peso, seis meses depois e após dois anos.
No fim do experimento, o aumento na proteína da dieta foi associado à redução da gordura no fígado dos voluntários. Além disso, mais da metade dos participantes que foram previamente diagnosticados com DHGNA não possuíam mais a doença.
"Estes resultados enfatizam as implicações clínicas e potenciais benefícios do aumento da ingestão de proteínas após a perda de peso para pessoas com DHGNA em risco de desenvolver diabetes", afirmam os pesquisadores.
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