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Thais Fersoza tem espécie de tumor benigno no joelho; entenda a doença

Thais Fersoza já passou por três cirurgias no joelho - Reprodução/Instagram
Thais Fersoza já passou por três cirurgias no joelho Imagem: Reprodução/Instagram

Gabriela Ingrid

Do VivaBem, em São Paulo

03/08/2018 17h02

A atriz Thais Fersoza revelou, em um vídeo no seu canal no Youtube, que sofre de uma doença autoimune que já fez com que ela passasse por três cirurgias no joelho.

Na gravação, a esposa de Michel Teló explicou um pouco do problema: "Já operei o joelho três vezes. O mesmo joelho. É uma doença autoimune, tenho excesso de produção de cartilagem dentro da articulação. Tenho que tirar, não há jeito. A cartilagem calcifica, fica dura, vira tipo um ossinho. Tenho que ir lá, operar para voltar a ter mobilidade normal da perna.”

De acordo com Alexandre Stivanin, ortopedista membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, Thais deve ter uma espécie de tumor benigno no joelho, chamado condromatose sinovial.

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Na doença, a célula responsável pela produção da cartilagem, em vez de ficar nesse tecido, nasce em um lugar errado, geralmente na membrana sinovial. Essa membrana secreta um líquido transparente e viscoso, chamado sinóvia, que lubrifica as articulações.

“Apesar de estar na membrana, essa célula continua produzindo pequenos corpos de cartilagem, como se fossem pequenas pedras”, explica Stivanin. Ao serem liberadas na articulação, essas pepitas começam a destruí-la e travam o joelho, fazendo o paciente sentir dor e ter lesões de cartilagem e limitações de movimento.

“Imagine uma areia em uma superfície polida. As esferas de cartilagem vão amassando a articulação, por isso a realização de uma cirurgia para limpar a sinóvia doente é essencial”, diz o ortopedista.

Causas desconhecidas

Por mais que a atriz tenha afirmado que a doença é autoimune, o especialista explica que não é bem assim: “Existem teorias de que a localização errada dessa célula produtora de cartilagem seja um problema autoimune de carga genética. Mas não há nada comprovado.”

De acordo com Stivanin, os cientistas não sabem a verdadeira causa da osteocondromatose, mas há suspeitas de que ela pode ser provocada por lesões antigas de cartilagem ou que simplesmente não tenha causa alguma.

O médico ainda conta que doenças como essa são raríssimas e podem ser muito cansativas para o paciente. “Como o único tratamento é a cirurgia, o indivíduo pode ser cansar, já que é trabalhoso lidar com a recuperação e o procedimento frequente.” O caso de Thais não é diferente: “É um saco, já fiz três e provavelmente vou ter que fazer mais”, contou ela no vídeo.

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