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Cabo magnético pode ser usado para detectar câncer

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Imagem: iStock

Do VivaBem

17/07/2018 12h24

Um fio magnético pode ser uma nova tática rápida e eficaz para a detecção precoce do câncer, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e publicado na segunda-feira (16) no periódico Nature Biomedical Engineering.

Geralmente, as células que se desprendem do tumor e cruzam a corrente sanguínea livremente podem servir como biomarcadores de câncer, sinalizando a presença da doença. Atualmente, exames de sangue realizam essa detecção, mas o cabo magnético pode ser de 10 a 80 vezes mais eficaz.

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Na nova técnica, o fio, que tem aproximadamente o comprimento do dedo mindinho e a espessura de um clipe de papel, é introduzido em uma veia e atrai nanopartículas magnéticas programadas para se prenderem em células tumorais que podem estar vagando pela corrente sanguínea. Com essas células tumorais magnetizadas, o fio pode atrai-las para fora da corrente sanguínea.

Cabo magnético - Sam Gambhir - Sam Gambhir
Se aprovado em humanos, o cabo magnético será inserido em uma veia do braço e atrair células tumorais
Imagem: Sam Gambhir
Segundo os pesquisadores, além da detecção precoce do câncer, o método pode até mesmo ajudar os médicos a avaliar a resposta de um paciente a tratamentos específicos para a doença. Se a terapia estiver funcionando, por exemplo, os níveis de células tumorais no sangue devem aumentar à medida que as células morrem e se separam do tumor.

Os autores ainda acreditam que o uso do cabo pode ser útil em qualquer outra doença em que existam células ou moléculas de interesse no sangue. "Por exemplo, digamos que você esteja checando uma infecção bacteriana, DNA tumoral circulante ou células raras que são responsáveis ​​pela inflamação em qualquer um desses cenários, o fio e as nanopartículas ajudam a enriquecer o sinal e, portanto, detectam a doença ou infecção", diz Sam Gambhir, que desenvolveu o fio com a ajuda de seus colegas.

Até agora, só foram realizados testes em porcos, mas Gambhir está trabalhando para preparar a técnica para os seres humanos. Uma vez que a tecnologia for aprovada, o objetivo é transformá-la em uma ferramenta que aumentará a detecção, o diagnóstico, o tratamento e a avaliação da terapia contra o câncer.

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