Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Cientistas brasileiros criam curativo potente feito da proteína do abacaxi

O produto pode ser usado para a cicatrização de ferimentos, queimaduras e até feridas ulcerativas - iStock
O produto pode ser usado para a cicatrização de ferimentos, queimaduras e até feridas ulcerativas Imagem: iStock

Do VivaBem

28/06/2018 12h39

Pesquisadores da Universidade de Sorocaba e da Unicamp desenvolveram um curativo eficaz, feito da proteína do abacaxi. Sob a forma de emplastro ou gel, o produto pode ser usado para a cicatrização de ferimentos, queimaduras e até de feridas ulcerativas.

Em testes feitos em laboratório, membranas de nanocelulose bacteriana foram submersas por 24 horas em solução de bromelina, a proteína do abacaxi. O resultado, publicado no periódico Scientific Reports, do grupo Nature, mostrou um aumento de nove vezes na atividade antimicrobiana da nanocelulose bacteriana.

Veja também:

A bromelina tem caráter de limpar o tecido necrosado do ferimento e ainda formar uma barreira protetora contra os microrganismos. No entanto, por ser uma enzima, ela tem limitações de uso na indústria, uma vez que é facilmente desnaturada e degradada, além de ser instável em algumas formulações.

Curativo - Agência FAPESP - Agência FAPESP
O curativo é feito sob a forma de emplastro ou gel
Imagem: Agência FAPESP

Já a nanocelulose bacteriana pode ser aplicada como substituição temporária sobre a pele ou como curativo no tratamento de lesões ulcerativas, pois alivia a dor, protege contra infecções bacterianas e contribui no processo de regeneração do tecido.

“Quem tem ferimentos graves sabe muito bem a diferença que faz um bom curativo. Ele precisa criar uma barreira contra microrganismos, evitando contaminações, e também ser capaz de propiciar atividade antioxidante para diminuir o processo inflamatório de células mortas e pus”, diz Angela Faustino Jozala, coordenadora do Laboratório de Microbiologia Industrial e Processos Fermentativos (LaMInFe) da Uniso e uma das autoras do artigo.

De acordo com Jozala, uma pele não íntegra tem como maior problema a contaminação. O paciente fica suscetível a ter uma infecção seja em casos de queimaduras, ferimentos ou feridas ulcerativas. A bromelina cria essa barreira tão importante.

VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook • Instagram • YouTube