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O poder dos alimentos

Seu prato torna sua vida mais saudável


O poder dos alimentos

Chia, sardinha e acerola ajudam a reduzir dores da artrite

Vivian Ortiz

Do VivaBem, em São Paulo

08/06/2018 04h00

Fazer uma atividade simples, como escovar os dentes, pode ser extremamente doloroso para quem tem artrite, que é a inflamação de uma ou mais articulações, o que causa dor e rigidez. O problema pode ocorrer por questões genéticas, envelhecimento ou ainda por conta da obesidade.

Embora não existam dietas ou suplementos dietéticos que curem o problema, alguns ajustes no cardápio podem melhorar um pouco os sintomas, além de proteger contra doenças cardíacas --complicação comum de algumas doenças reumáticas.

Dennys Esper Corrêa Cintra, professor das disciplinas de nutrigenômica, farmacologia e avaliação nutricional da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); Claudio Len, professor da disciplina de alergia, imunologia clínica e reumatologia do Departamento de Pediatria da Unifesp; Simone Guerra Lopes da Silva, nutricionista da Unifesp; e Henrique Josef, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia, dão as dicas da melhor alimentação para estes casos.

Coloque no cardápio

sardinha em lata - iStock - iStock
Imagem: iStock

Sardinha
O ômega-3 reduz o processo inflamatório --apesar de isso não poder ser comparado com o efeito de uma droga com esse mesmo fim, por exemplo. A função protetora do nutriente desacelera um pouco a progressão da doença. Também ajuda a reduzir o mau colesterol (LDL) e os triglicerídeos, que juntos aumentam o risco de doenças cardíacas. Além da sardinha, você encontra ômega-3 em peixes como salmão, atum ou arenque.

Chia - iStock - iStock
Imagem: iStock

Chia
Você não é fã de peixe, mas ainda quer os benefícios de ácidos graxos ômega-3? Experimente consumir essa semente, que é uma fonte vegetal do componente. A porção diária recomendada é de 25 gramas, o equivalente a uma colher de sobremesa. Entre as sugestões de consumo, está colocar na salada ou misturar com o iogurte, para um lanchinho da tarde saudável, por exemplo.

Acerola - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Acerola
Rica em vitamina C, seu consumo melhora o sistema imunológico, também reduzindo a atividade inflamatória no organismo. Os antioxidantes da acerola ainda têm o papel de combater os radicais livres (moléculas que promovem a inflamação) no corpo. Frutas e vegetais também contêm fitoquímicos --substâncias químicas naturais encontradas em alimentos vegetais --, que podem ajudar a combater a dor e inflamação nas articulações. Experimente também outras frutas cítricas, como laranja e morango.

Cereais integrais - iStock/VivaBem - iStock/VivaBem
Imagem: iStock/VivaBem

Grãos integrais
São ricos em carboidratos complexos, que diminuem o nível de proteína C-reativa (PCR) no sangue, um marcador de inflamação associada a doenças cardíacas. Por ter um caráter inflamatório, pacientes com doenças reumáticas costumam ter arteriosclerose, doença degenerativa que leva ao endurecimento da parede arterial.

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Maneire na dose

Carne, gordura - iStock - iStock
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Imagem: iStock

Carnes gordas
A gordura saturada e o colesterol estão presentes em qualquer fonte animal, necessária em uma alimentação balanceada. O problema é que podem causar inflamação no organismo. Por isso, o truque está em escolher um corte magro, como patinho, alcatra e lombo (de porco).

Tire do cardápio

açúcar, balinhas, getty - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Açúcar
Seu consumo libera no corpo substâncias químicas chamadas citocinas, que iniciam o processo de inflamação. Verifique rótulos de alimentos para ingredientes que terminam em "ose", como sacarose, e fuja deles também.

processados para poder - iStock - iStock
Imagem: iStock

Alimentos processados
Eles são a principal fonte de gorduras trans --criadas quando o hidrogênio é adicionado ao óleo vegetal para prolongar a vida útil do alimento --, que podem desencadear inflamações em todo o corpo. Além disso, o nutriente aumenta o colesterol ruim e diminui o tipo bom.

Sal - iStock/VivaBem - iStock/VivaBem
Imagem: iStock/VivaBem

Sal
Além de não ser muito bom para a sua pressão arterial, o excesso de sódio pode causar retenção líquida, especialmente em quem toma medicamentos esteroides. A dose máxima de sal recomendada pelo Ministério da Saúde é de 5 g por dia (2.000 mg de sódio), ou cinco daqueles sachês de restaurante.

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