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Ter um trabalho estressante aumenta risco de doença do coração

Trabalhos estressantes são aqueles que têm alta demanda psicológica combinada com baixo controle sobre a situação - iStock
Trabalhos estressantes são aqueles que têm alta demanda psicológica combinada com baixo controle sobre a situação Imagem: iStock

Do VivaBem

05/06/2018 11h46

O trabalho deixa você estressado? Melhor tomar cuidado com o coração. Segundo uma pesquisa publicada nesta terça (5) no periódico European Journal of Preventive Cardiology, estar estressado no trabalho está associado a um risco 48% maior de ter fibrilação atrial.

Na doença, o ritmo do coração se torna irregular. O órgão não se contrai adequadamente, deixando o fluxo sanguíneo mais lento. Isso favorece a formação de coágulos que, após circular pelas artérias, pode chegar ao cérebro e provocar um derrame. Esse êmbolo também pode surgir em outros pontos do corpo, causando graves problemas como trombose, isquemia nos olhos, rins, intestinos, coluna ou até nos dedos dos pés. "A fibrilação atrial é uma condição comum com sérias consequências e, portanto, é de grande importância para a saúde pública encontrar formas de preveni-la ", diz Eleonor Fransson, da Universidade de Jönköping, na Suécia, e autora do estudo.

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De acordo com os pesquisadores, os trabalhos mais estressantes são aqueles que têm alta demanda psicológica combinada com baixo controle sobre a situação de trabalho, como enfermeiros, motoristas de ônibus e secretárias, por exemplo.

O estudo analisou 13.200 trabalhadores em 2006, 2008 ou 2010. Os participantes responderam cinco perguntas sobre demandas de emprego e seis sobre controle, por exemplo: você tem que trabalhar muito ou muito rápido? Existem demandas conflitantes em seu trabalho? Você tem tempo suficiente para concluir suas tarefas de trabalho? O seu trabalho inclui muita repetição? Você pode decidir como e o que fazer no trabalho?

Durante um acompanhamento médio de 5,7 anos, foram identificados 145 casos de fibrilação atrial nos registros. “O risco estimado permaneceu mesmo depois de levar em conta outros fatores como tabagismo, atividade física de lazer, IMC e hipertensão", diz Fransson.

Segundo a autora, os chefes devem agendar intervalos e ouvir as ideias dos funcionários sobre como o trabalho em si e o ambiente podem ser melhorados. "O estresse deve ser considerado um fator de risco modificável para prevenir fibrilação atrial e doença coronariana. Pessoas que se sentem estressadas no trabalho e apresentam palpitações ou outros sintomas de fibrilação atrial devem falar com o médico e com seu empregador sobre como melhorar a situação no trabalho."

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