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Não sabe a causa da sua tontura? Ela pode ser um novo tipo de vertigem

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Imagem: iStock

Do VivaBem

29/05/2018 10h42

Episódios de vertigem fazem as pessoas sentirem tontura por minutos ou dias. As causas variam bastante, indo de doenças graves, como tumores, a condições benignas, como a doença de Meniére e a labirintite. No entanto, alguns não encontram a causa, dificultando inclusive o tratamento. Agora, um grupo de neurologistas encontrou um meio de diagnosticar e tratar esse tipo de vertigem sem causa conhecida.

Para ser diagnosticada, a pessoa fica sentada dentro de uma sala escura e o médico move a cabeça do paciente para frente e, em seguida, para os lados, por cerca de 15 segundos. Ao final do teste, uma gravação em vídeo é feita dos movimentos dos olhos do examinado. Segundo os neurologistas, as pessoas com essa nova condição tinham movimentos oculares chamados nistagmos (oscilações rítmicas, repetidas e involuntárias de um ou ambos os olhos) que duravam mais do que para outras pessoas. A nova condição é chamada de vertigem espontânea recorrente com nistagmo após sacudir a cabeça.

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Entre 338 pessoas com vertigem sem causa conhecida, 35 tiveram essa nova condição e foram incluídas no estudo. Os participantes tiveram ataques de vertigem de duas ou três vezes por semana e relataram náuseas ou vômitos, dores de cabeça e intolerância de movimentos da cabeça durante as crises.

Os neurologistas também descobriram que as pessoas com o novo tipo de vertigem eram mais propensas a ter uma doença grave do que aquelas com outros tipos de vertigem. Um total de 20 das 35 pessoas com a nova condição que tiveram ataques frequentes e sintomas graves receberam medicação preventiva. Cerca de um terço deles teve recuperação parcial ou total com o novo medicamento. Durante o acompanhamento de cerca de 12 anos após os primeiros sintomas em 31 participantes, cinco não relataram mais ataques, 14 disseram que os sintomas melhoraram e apenas um afirmou que os sintomas pioraram.

"Essas condições podem ser difíceis de diagnosticar e muito debilitantes para as pessoas, por isso é emocionante poder descobrir esse novo diagnóstico de uma condição que pode responder ao tratamento", diz Ji-Soo Kim, autor do estudo, que foi publicado no periódico Neurology.

De acordo com Kim, as pessoas com essa condição podem ter um mecanismo hiperativo no sistema vestibular que ajuda o cérebro a responder aos movimentos do corpo e do ambiente. "É possível que a vertigem ocorra quando esse mecanismo instável é interrompido por fatores no corpo da pessoa ou em seu ambiente", afirma.

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