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Como Fani, estar acima do peso aumenta chance de ter Síndrome Metabólica

É preciso mudar a dieta para tratar a síndrome metabólica - Reprodução/Instagram
É preciso mudar a dieta para tratar a síndrome metabólica Imagem: Reprodução/Instagram

Vivian Ortiz

Do VivaBem, de São Paulo

29/05/2018 18h12

Fani Pacheco surpreendeu ao aparecer com muitos quilos a menos. A ex-BBB, que hoje tem um canal no Youtube, contou para a revista Quem que precisou emagrecer às pressas, depois de ser diagnosticada com síndrome metabólica aos 36 anos.

A descoberta da doença, que pode desencadear diabetes e problemas cardíacos, aconteceu durante exames de rotina. Após o susto, em janeiro deste ano, ela começou a fazer dieta e rotina regrada de exercícios três vezes por semana. Desde então, emagreceu 15 quilos.

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De acordo com a educadora física especializada em nutrição pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Paola Machado, a síndrome metabólica é um quadro que se forma normalmente quando algumas pessoas engordam, mas é mais comum em quem tem histórico familiar de diabetes ou hipoglicemia.

"Está relacionado ao fato da pessoa comer errado, caprichando em um cardápio rico em carboidratos simples, como arroz branco, macarrão e todo tipo de açúcar", explicou Machado, que já falou sobre o assunto em sua coluna aqui no VivaBem.

Os sintomas são: obesidade, resistência insulínica, nível elevado de triglicérides, baixo nível de HDL-colesterol e pressão arterial alta.

Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), explica que a Síndrome Metabólica faz engordar, mas muitas vezes a pessoa engorda e aí vai desenvolver a síndrome metabólica. Uma coisa está ligada a outra. Mas, de forma geral, a pessoa começa a comer muito carboidrato e aí desenvolve a síndrome metabólica, que ajuda a engordar ainda mais.

Machado diz que existem vários subtipos de obesidade: indivíduos em risco de obesidade com síndrome metabólica (apresenta alta gordura visceral, alto índice de massa corporal, elevada adiposidade, baixa sensibilidade insulínica, baixo HDL e elevados níveis de triglicerídeos); indivíduos obesos metabolicamente saudáveis (baixa gordura visceral, alto índice de massa corporal, elevada adiposidade, alta sensibilidade insulínica, alto HDL e baixos níveis de triglicerídeos) e indivíduos de peso normal metabolicamente obesos (alta gordura visceral, baixo índice de massa corporal, alta adiposidade, baixa sensibilidade insulínica, alta gordura hepática e elevados níveis de triglicerídeos).

Como sair desse processo?

Emagrecer é fundamental. De acordo com Barca, é preciso investir em uma dieta com pouco carboidrato, além de não deixar os exercícios de lado.

"Atividade física é fundamental. Não precisa morar na academia, mas uma simples caminhada de 40 minutos, de três a cinco vezes por semana, já traz bons efeitos", ressalta. "Isso já foi constatado em vários congressos, inclusive."

Em muitos casos, também é importante ajudar a insulina a agir. Por isso, explica a médica, é importante passar por um especialista, que pode indicar remédios sensibilizadores da insulina. "Em geral, se entrou nesse processo, algum desgaste do pâncreas já teve. Por isso, é necessário acompanhar", diz.

Já Paola indica exercícios intervalados de alta intensidade (ou metabólicos), com tiros de corrida de 30 segundos, por exemplo. Segundo ela, estes exercícios são mais eficazes do que um treino de estado estacionário (em ritmo leve/moderado contínuo) para melhorar a sua resistência à insulina, a capacidade do organismo em utilizar carboidratos e o desempenho.

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