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No supermercado

Um manual para te ajudar a comprar melhor


No supermercado

Em que você deve prestar atenção na hora de comprar açúcar no supermercado?

Marcia Albuquerque/VivaBem
Imagem: Marcia Albuquerque/VivaBem

Thais Szegö

Colaboração para o VivaBem

28/05/2018 04h00

O açúcar é condenado por ser um dos maiores responsáveis pela epidemia de obesidade que tomou conta de muitos países. Mas, apesar da culpa no cartório, não é justo o alimento ser encarado como o único vilão dessa história. Ele já está presente na alimentação dos seres humanos desde a antiguidade e o grande problema é seu consumo exagerado. Veja algumas dicas para escolher o melhor açúcar para você --e use com moderação.

Fique de olho na integridade do pacote
A maioria dos açúcares é vendido em saquinhos plásticos e algumas poucas exceções em sacos de papel. Não há diferença entre eles em relação à conservação. Mas, nos dois casos, é imprescindível que a embalagem esteja bem lacrada, intacta, sem nenhum rasgo ou furo, o que pode levar à contaminação por insetos e roedores.

Cheque também o produto
Não compre se ele estiver empedrado. É um indicativo de que houve contato com alta umidade durante o armazenamento ou falha na secagem do açúcar. Isso pode levar à formação de bolor --que tem risco baixo de deixar alguém doente, mas não é muito higiênico e pode alterar a cor e o sabor do produto.

No mercado estão disponíveis as versões refinada, cristal, de confeiteiro, impalpável, mascavo, orgânico e light. Todos têm basicamente o mesmo ingrediente: sacarose (carboidrato), o que muda é a indicação de uso e o gosto pessoal.

Para o uso doméstico, o refinado é o mais recomendado
Como o próprio nome diz, o açúcar refinado, aquele branquinho que está na mesa da maioria dos lugares, passa por uma etapa adicional de purificação. É sacarose pura, em uma forma que faz com sua dissolução seja mais rápida. O cristal, por sua vez, tem grânulos um pouco maiores que demoram um pouco mais para dissolver, o que pode ser um pouco incômodo no dia a dia.

O confeiteiro e o impalpável são mais indicados para doces e pães
O açúcar de confeiteiro tem uma granulometria menor, ou seja, é bem fininho. Ele lembra um talco e, por isso, é bem-vindo nas receitas, já que dissolve rapidamente e não forma pedras. Já o conhecido como impalpável tende a ser mais fino que o de confeiteiro. O produto pode ter até 3% de amido de milho na sua fabricação. A vantagem de utilizar essa substância é que ela ajuda a retirar totalmente a umidade e não permite que o açúcar fique muito unido, o que propicia uma mistura mais homogênea.

O mascavo é um pouco mais nutritivo e tem sabor marcante
Trata-se de uma versão mais rústica do açúcar, na qual a cana tem apenas seu pH corrigido e é concentrada até cristalizar. Por isso, o produto tem uma série de impurezas na sua composição, como ceras, pigmentos da cascas, sais minerais (como cálcio e magnésio) etc. Isso torna o produto um pouco mais nutritivo e com um gosto característico, que não influencia na sua qualidade, mas faz com que tenha capacidade de adoçar menor. Ele também é um pouquinho menos calórico --mas, muito pouco mesmo.

Quer algo com menos compostos químicos? Aposte no orgânico
Nesse caso não são utilizados ingredientes artificiais ou agrotóxicos durante o plantio e a produção. Ele tem praticamente o mesmo poder adoçante do tipo refinado, mas é mais grosso e escuro.

Deseja cortar calorias? Então escolha o light
É mais doce do que o refinado e tem um valor calórico menor, pois é misturado com adoçantes artificiais. Atenção: ele também contém sacarose, por isso não deve ser consumido indiscriminadamente por diabéticos.

  • Tipo: se é cristal, refinado, de confeiteiro, impalpável, mascavo, orgânico ou light
  • Data de validade

Informação nutricional
(porção de 5 gramas ou 1 colher de chá)

Açúcar refinado

  • Valor energético: 20 calorias
  • Carboidratos: 5 gramas

Açúcar mascavo

  • Valor energético: 18,5
  • Carboidratos: 4,6 gramas
  • Magnésio: 4 mg
  • Cálcio:

Açúcar light

  • Valor energético: 10 calorias
  • Carboidratos: 2,5 gramas

Fonte: Flavio Schmidt, professor do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp

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