Depressão acelera envelhecimento cerebral em adultos
Em um novo estudo publicado pela Universidade de Sussex, no Reino Unido, pesquisadores descobriram uma ligação entre a depressão e o envelhecimento do cérebro. As evidências foram apresentadas no periódico Psychological Medicine, nessa quinta-feira (24).
Embora os cientistas tenham relatado anteriormente que pessoas com depressão ou ansiedade têm maior risco de sofrer demência na vida adulta, este é o primeiro estudo que fornece evidências abrangentes do efeito da depressão no declínio da função cognitiva global (também conhecido como estado cognitivo) na população.
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A equipe de pesquisa realizou uma revisão de 34 estudos com o foco na ligação entre depressão e transtornos de ansiedade e o declínio na função cognitiva ao longo do tempo. As evidências de mais de 71.000 participantes foram combinadas e revisadas. O estudo também analisou a taxa de declínio do estado cognitivo geral, abrangendo perda de memória, tomada de decisão e velocidade de processamento de informações em adultos mais velhos.
O estudo descobriu que as pessoas com depressão experimentaram um declínio maior no estado cognitivo na idade adulta do que aquelas sem o problema. As descobertas são importantes para intervenções precoces, já que atualmente não há cura para a doença. "Nossas descobertas devem dar ao governo ainda mais motivos para levar as questões de saúde mental a sério e garantir que as provisões de saúde sejam adequadamente providas. Precisamos proteger o bem-estar mental de nossos idosos e prestar serviços de apoio robustos àqueles que sofrem de depressão e ansiedade", diz Darya Gaysina, uma das autoras do estudo.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta 4,4% da população do planeta e 5,8% dos brasileiros.
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