Temperatura corporal elevada ajuda a combater doenças inflamatórias
Do VivaBem
22/05/2018 19h26
Corpos mais quentes combatem melhor infecções e tumores. É o que sugere um estudo publicado pelas Universidades de Warwick's e Manchester, no Reino Unido, que mostrou que ter febre pode ajudar no combate de doenças inflamatórias, como doença de Crohn, psoríase e artrite reumatóide.
Os pesquisadores demonstraram que pequenos aumentos na temperatura corporal aceleram a velocidade de um 'relógio' celular que controla a resposta a infecções --e esse novo entendimento pode levar à produção de drogas mais eficazes e rápidas.
Veja também
Veja também:
- Em excesso, paracetamol pode danificar o fígado
- É verdade que o álcool corta o efeito do antibiótico?
- Combinar fitoterápicos com medicamentos pode fazer mal à saúde
Relógio celular
Os biólogos descobriram que os sinais inflamatórios ativam as proteínas 'fator nuclear kappa B' (NF-κB) para iniciar um 'relógio', em que elas se movem para dentro e para fora do núcleo celular --isso permite que as células respondam a uma ferida ou infecção.
A uma temperatura corporal de 34 °C, a proteína NF-kB fica mais lenta. Em temperaturas mais altas do que a temperatura corporal normal de 37 °C (como na febre, 40 °C), a NF-κB acelera. O professor Mike White, um dos autores do estudo, diz que a pesquisa fornece uma possível explicação de como a temperatura ambiental e corporal afeta nossa saúde.
"Nós sabemos que as epidemias de gripe e resfriado tendem a ser piores no inverno, quando as temperaturas são mais baixas. Além disso, os ratos que vivem em temperaturas mais altas sofrem menos com inflamação e câncer. Essas mudanças podem ser explicadas por respostas imunes alteradas em diferentes temperaturas”, acredita White.