Topo

Ainda acha que comer muito ovo faz mal ao coração? Estudo confirma que não

Pesquisadores concluíram que não há diferença nos marcadores de risco cardiovascular de quem come muito ovo - Getty Images
Pesquisadores concluíram que não há diferença nos marcadores de risco cardiovascular de quem come muito ovo Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

07/05/2018 18h18

O ovo é muito polêmico. Diversos estudos ao longo dos anos divergem se o alimento ajuda ou atrapalha a saúde. Para tentar descobrir de uma vez por todas se o ovo é vilão ou mocinho, cientistas fizeram uma nova pesquisa, publicada no American Journal of Clinical Nutrition.

Em um período de três meses, participantes que queriam manter o peso foram divididos em dois grupos. Metade dos voluntários embarcou em uma dieta com número elevado de ovos (12 por semana), enquanto o restante ingeria um baixo teor de ovos (menos de dois por semana).

Veja também:

Após cerca de 90 dias, os pesquisadores avaliaram os participantes e concluíram que não houve diferença nos marcadores de risco cardiovascular.

Para aprofundar o estudo, os mesmos voluntários mudaram o objetivo e deram início a uma dieta para emagrecer. Os grupos continuaram separados entre o alto e baixo consumo de ovos e seguiram o cardápio por outros três meses.

Depois dos seis meses de dieta, os médicos continuaram acompanhando os voluntários. Ao completar um ano desde o início do consumo controlado de ovos, novos exames foram feitos para comparar a saúde dos participantes.

Os dados mostraram que ambos grupos não apresentaram alterações adversas nos marcadores de risco cardiovascular e atingiram perda de peso equivalente, independentemente da quantidade de ovos consumidos.

“Apesar de conselhos diferentes sobre níveis seguros de ingestão de ovos para pessoas com pré-diabetes ou diabetes tipo 2, nossa pesquisa indica que as pessoas não precisam evitar ovos se isso fizer parte de uma dieta saudável”, diz Nick Fuller, líder do estudo feito com o Instituto de Obesidade, Nutrição, Exercício e Transtorno Alimentares, a Universidade de Sydney e o hospital Royal Prince Alfred, na Austrália.

Uma dieta saudável, como a prescrita neste estudo, enfatizou a substituição de gorduras saturadas (como manteiga) por gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas (como abacate e azeite de oliva).

O estudo estendido rastreou uma ampla gama de fatores de risco cardiovascular, incluindo colesterol, açúcar no sangue e pressão arterial, e não encontrou diferença significativa nos resultados entre os grupos com muito e poucos ovos.

"Os ovos são uma fonte de proteínas e micronutrientes que podem apoiar uma série de fatores de saúde e dietéticos, incluindo ajudar a regular a ingestão de gordura e carboidratos, a saúde dos olhos e do coração, vasos sanguíneos saudáveis e gestações saudáveis," completou Fuller.

As dietas de ovos diferentes também não tiveram impacto sobre o peso. "Curiosamente, as pessoas em ambas dietas de ovos perderam uma quantidade equivalente de peso, e continuaram a perder peso após a fase de perda de peso de três meses terminar," afirmou o pesquisador.

VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook • Instagram • YouTube