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Pesquisa aposta em anti-inflamatório como novo tratamento para Alzheimer

Cientistas querem testar anti-inflamatórios para tratar problemas cognitivos - iStock
Cientistas querem testar anti-inflamatórios para tratar problemas cognitivos Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

04/05/2018 08h03

Os cientistas estão se empenhando para trazer boas notícias sobre novos tipos de tratamentos para pacientes com demência e Alzheimer.

Um novo estudo, realizado por cientistas da Austrália e dos Estados Unidos, tentou explicar o motivo pelo qual os testes clínicos com drogas que reduzem as proteínas no cérebro conhecidas por causar essas doenças falharam. Os dados abrem caminho para novos tratamentos promissores com medicamentos já existentes.

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Durante décadas, os cientistas pensaram que a demência e o Alzheimer eram causados por disfunções em proteínas que se formam no cérebro (apelidadas de tau). Porém, ensaios clínicos com drogas que eliminam ou reduzem essas tais agregadas proteicas só falharam.

Nesta última pesquisa, publicada na revista científica Human Molecular Genetics, os especialistas reuniram evidências de uma ampla gama de estudos em humanos e modelos animais das doenças para sugerir que as proteínas não são as culpadas pelo Alzheimer ou demência. As inflamações cerebrais é que seriam uma das principais causas e não só uma consequência destas doenças.

Há muito se sabe que a inflamação aumenta à medida que problemas relacionados à demência progridem, mas só agora a inflamação foi identificada como a causa. Anteriormente, acreditavam que as inflamações agiam simplesmente para limpar os danos nos tecidos causados pelos agregados de proteínas.

Para explicar a tese, os cientistas comparam a inflamação do cérebro a uma infecção por vírus. "A inflamação é uma defesa muito eficaz contra agentes estrangeiros como vírus. Mas, à medida que envelhecemos e acumulamos mutações, nossas células podem produzir proteínas e produtos de DNA que imitam vírus, e estes se acumulam no sistema. O resultado é uma inflamação que se agrava e se espalha --daí o termo "doença autoinflamatória".

Certas mutações fazem com que esses sistemas falhem mais cedo ou mais frequentemente, e elas aumentam conforme envelhecemos, o que explicaria o maior risco de demência relacionado à idade, de acordo com o novo estudo.

O motivo de animação é que ao reduzir alguns elementos da inflamação pode ser possível reduzir os sintomas da demência e do Alzheimer. "Com este novo entendimento da doença, precisamos testar os anti-inflamatórios existentes para ver a eficácia no tratamento da demência".

Será que o tratamento para Alzheimer e demência seguirá um novo rumo? Pode ser que sim, mas novos estudos ainda precisam ser feitos para confirmar a tese e provar a eficiência de anti-inflamatórios. 

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