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Cérebro tenta impedir que você se conecte a pessoas doentes

Ao detectar qualquer sinal de doença, sua mente envia um alerta para se afastar da pessoa - iStock
Ao detectar qualquer sinal de doença, sua mente envia um alerta para se afastar da pessoa Imagem: iStock

Do VivaBem

03/05/2018 18h00

Como você se defende de doenças? Apesar de achar que a responsabilidade dessa “armadura” é toda do sistema imune, uma nova pesquisa mostrou que uma mudança comportamental automática nos leva a evitar possíveis fontes de contágio assim que percebemos o menor sinal de doença --e isso também pode afetar nossa forma de se relacionar com os outros.

Há pouco mais de uma década, um cientista da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, chamado Mark Schaller sugeriu que a mente é muito boa em detectar automaticamente sinais sutis de doenças, como uma tosse ou um espirro. Isso, segundo ele, envia um sinal de alarme para o cérebro, dizendo para evitarmos a fonte potencial de contaminação. Então, quase sem pensar, afastamo-nos da pessoa que acreditamos ser contagiosa.

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Diante dessa conclusão, a pesquisadora Natsumi Sawada e seus colegas da McGill University de Montreal, também no Canadá, decidiram investigar se isso interfere também em nossa vida amorosa. Para isso, eles conduziram três estudos separadamente.

As duas primeiras pesquisas testaram se os indivíduos eram propensos a expressar comportamento de repulsa em relação aos colegas que eles percebiam como ameaças potenciais à saúde em diferentes situações sociais. Os resultados mostraram que o nível crônico de ativação do sistema imune comportamental dos participantes estava associado à diminuição do interesse em duas situações sociais diferentes.

Inconscientemente as pessoas evitam se conectar com outras que consideram estar doentes - Getty Images - Getty Images
Inconscientemente as pessoas evitam se conectar com outras que consideram estar doentes
Imagem: Getty Images

No terceiro estudo, a equipe decidiu manipular o nível de cautela dos participantes em relação ao potencial de contágio antes de enviá-los em uma experiência de simulação de encontro às cegas.

Primeiro, Sawada e sua equipe "prepararam" as respostas psicológicas dos participantes, mostrando-lhes um vídeo sobre doenças e contágio. Em seguida, eles mostraram a cada participante mais vídeos, nos quais uma pessoa do sexo oposto agia como um parceiro em potencial em um encontro às cegas. Finalmente, os participantes registraram suas primeiras impressões das pessoas que eles "conheceram".

"Descobrimos que quando o sistema imunológico comportamental foi ativado, ele pareceu colocar um freio no nosso caminho para nos conectar socialmente com nossos colegas", observa Sawada. "Não esperávamos que isso acontecesse em situações da vida real, como namoro, em que as pessoas geralmente estão tão motivadas a se conectar", diz.

De acordo com os cientistas, os resultados sugerem que, além de como pensamos e sentimos uns sobre os outros, há outros fatores que inconscientes, como o medo de ficarmos doentes.

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