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Cientistas criam implante que detecta a presença de câncer no corpo

O implante desencadeia a produção de melanina e uma pequena pinta aparece - ETH ZURICH
O implante desencadeia a produção de melanina e uma pequena pinta aparece Imagem: ETH ZURICH

Do VivaBem, em São Paulo

24/04/2018 16h46

Pesquisadores suíços desenvolveram um implante que mostra se existe a presença de um câncer no corpo de seu portador, ao fazer com que uma pequena pinta artificial apareça na pele, como um sinal de alerta precoce. O pequeno adesivo fica sob a pele e é feito de uma rede de células que monitoram constantemente o nível de cálcio no organismo.

Em algumas pessoas, certos tipos de câncer causam um aumento de cálcio. Quando o excesso da substância é detectado no indivíduo, o implante provoca a produção de melanina --pigmento bronzeador do corpo, fazendo com que uma pequena pinta escura apareça. A descoberta foi publicada na revista Science  Translational  Medicine.

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De acordo com os criadores, o dispositivo pode reconhecer os quatro tipos mais comuns de câncer (próstata, pulmão, cólon e mama) em um estágio bastante inicial de seu desenvolvimento. Isso é importante, pois os pacientes têm muito mais chances de sobreviver se a doença for diagnosticada precocemente.

Martin Fussenegger, professor do Departamento de Ciência e Engenharia de Biossistemas da ETH Zurich, explicou ao jornal britânico The Telegraph que o implante pode estar disponível dentro de uma década.

"O portador do implante deve fazer uma avaliação médica assim que a pinta artificial aparecer", ressaltou. A ideia é dar um alerta precoce para as pessoas procurarem tratamento logo que detectarem algo anormal.

Os cientistas acreditam que o sistema seria particularmente útil para quem é geneticamente suscetível ao câncer, como portadores da mutação BRCA1 ou BRCA2, que eleva o risco de ter câncer de mama.

Já para quem prefere não lidar com o estresse de checar constantemente sinais de doenças na própria pele, os cientistas também estão desenvolvendo um implante que só é visível sob luz vermelha, pelo médico.

Ainda em estudo

O sistema de alerta precoce, até o momento, só foi testado em células humanas, em camundongos e na pele de porco, e funcionou bem em todas as opções. Os pesquisadores também estão esperançosos de que possam ser criados outros marcadores no corpo humano, como mudanças químicas indicando que demência ou distúrbios hormonais estão a caminho.

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