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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Com um composto derivado de células imunes, psoríase é tratada em ratos

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Do VivaBem

21/04/2018 15h07

A causa da psoríase, doença de pele crônica que promove descamações e lesões cutâneas, ainda é desconhecida, mas cientistas acreditam que ela pode estar relacionada ao sistema imunológico. Pensando nisso, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, encontraram um composto derivado de células imunes que tratou a doença em camundongos.

O composto suprime uma via inflamatória que é hiperativa em muitas doenças autoimunes, sugerindo que ele também pode ser eficaz contra a esclerose múltipla, a artrite reumatoide e o lúpus, por exemplo. "Estamos tirando proveito do poder anti-inflamatório do próprio corpo e mostrando que ele pode ajudar em situações reais quando o seu sistema imunológico está machucando você", diz o autor do estudo Maxim Artyomov.

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Publicada no periódico Nature na quarta-feira (18), a pesquisa descobriu que as células inflamatórias que detectam a presença de bactérias (e as atacam) produzem um composto chamado itaconato. Mas, surpreendentemente, em vez de amplificar a inflamação, o itaconato a amortece.

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As orelhas dos camundongos que receberam o placebo estavam vermelhas e inchadas, enquanto as orelhas de camundongos tratados com itaconato de dimetila pareciam normais
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Para entender como e por que isso ocorre, os pesquisadores trataram células inflamatórias de camundongos com dimetil itaconate, uma forma modificada de itaconate. Eles descobriram que o composto reduz os níveis de uma proteína, conhecida como Ikappa-Bzeta, na via inflamatória. Artyomov e seus colegas, portanto, testaram se a redução dos níveis de proteína com o composto itaconato poderia tratar a psoríase em camundongos.

Os pesquisadores induziram sintomas semelhantes aos da psoríase nos ouvidos de camundongos enquanto simultaneamente dosaram os animais com itaconato de dimetila ou placebo todos os dias durante uma semana. No final da semana, as orelhas dos camundongos que receberam o placebo estavam vermelhas e inchadas, enquanto as orelhas de camundongos tratados com itaconato de dimetila pareciam normais.

De acordo com os cientistas, o composto pode ser útil para o tratamento de muitas doenças graves. Artyomov e seus colegas já começaram a estudar se os itaconatos podem reduzir os sinais de esclerose múltipla em camundongos, por exemplo.

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