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Deixar de ser sedentário após infarto diminui pela metade risco de morte

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

20/04/2018 13h49

Começar a fazer exercícios após sofrer um ataque cardíaco reduz o risco de morte pela metade nos quatro anos seguintes, de acordo com um estudo com mais de 22 mil pacientes apresentado no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia deste ano. 

"Já é bem sabido que pessoas fisicamente ativas são menos propensas a terem um ataque cardíaco e tendem a viver mais", disse o principal autor da pesquisa, Örjan Ekblom, professor associado da Escola Sueca de Ciências da Saúde e Esporte. "No entanto, não conhecíamos ainda o impacto que o exercício tinha após um ataque cardíaco".

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O estudo avaliou a associação entre atividade física e sobrevivência após um ataque cardíaco, observando 22.227 pacientes na Suécia que tiveram um infarto do miocárdio entre 2005 e 2013. Os dados foram obtidos dos registros RIKS-HIA, SEPHIA e Censo Sueco.

Os voluntários relataram sobre quantas vezes fizeram mais de 30 minutos de exercício por semana em dois momentos: dois a três após o infarto; e depois de um ano. Então, as pessoas foram categorizadas como inativos, de atividade reduzida, de atividade aumentada ou constantemente ativos. Um total de 1.087 pacientes morreu durante o acompanhamento da pesquisa, que durou cerca de quatro.

Foram analisadas a associação entre as quatro categorias de atividade física e morte, após ajustes de idade, sexo, tabagismo e fatores clínicos. Os cientistas concluíram que o risco de morte dos pacientes constantemente ativos foi 59% menor do que o dos inativos. A possibilidade de óbito ainda foi 51% no grupo de atividade aumentada e 37% o de atividade reduzida, comparados aos sedentários. 

Ekblom ressaltou que o estudo fornece evidências adicionais para profissionais de saúde e formuladores de políticas públicas promoverem a atividade física em pacientes após ataques cardíacos, da mesma forma que eles recebem conselhos para parar de fumar, melhorar a dieta e reduzir o estresse.

O estudo mostra ainda que este conselho se aplica a todos os pacientes, pois o exercício reduziu o risco de morte em quem teve infarto miocárdico grande e pequeno, no caso de fumantes e não fumantes, por exemplo. Não foi especificado o tipo de exercício realizado pelos pacientes.

"Mais pesquisas são necessárias para descobrir se há algum tipo de atividade que seja especialmente benéfica após um ataque cardíaco", observaram os autores. "Os pacientes devem fazer exercícios resistidos, aeróbicos ou uma combinação, por exemplo? Andar é o suficiente ou essas pessoas precisam devem executar atividades mais vigorosas, que as deixa sem fôlego? A resposta a essas perguntas nos ajudará a dar conselhos mais específicos."

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