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Beber uma dose extra de vinho ou de cerveja encurta sua vida em 30 minutos

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Do VivaBem

13/04/2018 12h30

De acordo com um novo estudo publicado nesta sexta-feira (13), no periódico The Lancet, beber mais do que o limite diário recomendado de vinho ou cerveja reduz a expectativa de vida em meia hora. Segundo os pesquisadores, cinco taças padrão de vinho de 175 ml ou cinco doses de cerca de 480 ml de cerveja por semana são o limite de segurança --isso equivale a 100 gramas de álcool.

Consumir mais do que isso, aumenta o risco de acidente vascular cerebral, aneurisma fatal, insuficiência cardíaca e morte, principalmente se você tiver mais que 40 anos. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores observaram os dados de cerca de 600 mil consumidores, por meio da análise de 83 estudos realizados em 19 países.

Metade dos participantes relataram beber mais de 100 gramas de álcool por semana e 8,4% beberam mais de 350 gramas por semana. Segundo os autores do estudo, as mortes precoces aumentaram quando se consumiu mais de 100 gramas por semana. 

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Um homem de 40 anos que foi acompanhado e que bebeu até duas vezes esse valor reduziu sua expectativa de vida em seis meses. Os que consumiram algo em torno de 200 gramas e 350 gramas por semana perderam de um a dois anos de vida, e aqueles que bebiam mais de 350 gramas por semana encurtaram suas vidas em quatro a cinco anos.

“É quase o mesmo que um cigarro", explica David Spiegelhalter, professor da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. “Eu não ficaria surpreso se os bebedores mais pesados perdessem tantos anos de vida quanto um fumante”, complementou Tim Chico, professor de medicina cardiovascular da Universidade de Sheffield, também no Reino Unido. 

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Mais do que cinco "pints", ou cerca de 480 ml, de cerveja por semana aumenta risco de doenças cardíacas e até morte
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Malefícios incluem demência

Segundo os cientistas, este estudo deixa claro que, no geral, não há benefícios para a saúde com o consumo de álcool --principalmente, se você não souber controlar a quantidade que ingere da bebida. O professor Jeremy  Pearson, diretor médico associado da Fundação Britânica do Coração, que financiou parcialmente a pesquisa, chamou-a de "um grave alerta para muitos países".

O uso indevido de álcool se tornou cada vez mais comum no mundo, inclusive entre os jovens. Os pesquisadores mostram que, além desse hábito aumentar o risco de várias doenças cardíacas, ele ainda tem relação com distúrbios mentais, que não foram avaliados por esse estudo especificamente, mas já foi comprovada a relação do consumo de álcool com a demência, por exemplo.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o consumo de 30 gramas de álcool por dia. 

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