Uma noite sem dormir já acumula proteína ligada ao Alzheimer no cérebro
Ficar sem dormir tem vários riscos para a saúde, como hipertensão, diabetes e até Alzheimer. Diversos estudos lançados no início do ano encontraram uma relação entre este tipo de demência e a falta de sono. Agora, uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (9), no periódico Proceedings Of The National Academy Of Sciences, descobriu um possível motivo para essa associação.
Ao examinarem os efeitos da privação de sono em 20 indivíduos saudáveis, que tinham entre 22 e 72 anos de idade, os pesquisadores perceberam que quanto menos as pessoas dormiam, maior era o acúmulo de beta-amiloide no cérebro.
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Embora os cientistas ainda não tenham certeza sobre como o Alzheimer comece, o acúmulo de proteínas beta-amiloides e tau no cérebro —levando a uma quebra nas funções normais do órgão— é uma das principais características da doença.
Para avaliar a quantidade de beta-amiloide nos cérebros dos participantes, os autores do estudo fizeram exames de tomografia nos voluntários, após eles terem uma boa noite de sono e após uma noite de privação de sono. A análise revelou que quem dormiu mal teve um aumento significativo na proteína, em comparação com quem descansou.
Especificamente, foram observados aumentos de beta-amiloide no hipocampo direito e no tálamo, regiões cerebrais afetadas pela doença de Alzheimer. Além disso, o acúmulo dessa proteína também foi associado à piora do humor nos participantes, incluindo aumento do cansaço e dificuldade para se manter acordado.
De acordo com os pesquisadores, os resultados destacam os efeitos do sono na função cerebral e podem ser relevantes para futuros tratamentos e prevenções do Alzheimer.
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