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Comer fora aumenta risco de exposição a substância tóxica ligada ao câncer

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Imagem: iStock

Do VivaBem

02/04/2018 13h51

Almoçar em restaurantes ou em redes de fast-food não só aumenta a possibilidade de você ganhar uns números a mais balança, como também eleva o risco de exposição a uma substância química potencialmente tóxica, usada para aumentar a flexibilidade e a durabilidade em produtos plásticos.

Em um estudo, cientistas da Universidade George Washington e da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que o nível de ftalatos no organismo de pessoas que comem frequentemente fora é 35%, quando comparado a quem se alimenta em casa. Ftalatos fazem parte de um grupo de substâncias químicas que já foi associado à asma, ao câncer de mama, ao diabetes tipo 2 e a problemas de fertilidade.

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Uma das principais dúvidas é: como essas substâncias chegam à comida? Elas estão presentes em caixas para viagem, luvas de plástico e uma variedade de equipamentos de processamento de alimentos que costumam ser usados em restaurantes.

No estudo, os pesquisadores coletaram dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição de 2005 a 2014. No total, os 10.253 participantes foram questionados sobre o consumo de alimentos nas últimas 24 horas e se ele foi feito em casa ou fora dela.

Além de terem encontrado maiores quantidades de ftalato em quem comeu fora de casa, os cientistas também descobriram que, embora a relação entre comer em restaurantes e a exposição a essas substâncias fosse significativa em todas as faixas etárias, os elos mais robustos foram encontrados em adolescentes, que tinham 55% mais ftalatos do que as pessoas que comiam em casa. Isso pode acontecer porque essa é uma fase da vida em que os hormônios estão mais ocupados --estudos anteriores já mostraram que a substância tóxica gosta de perturbar nossos hormônios.

Além disso, os amantes de sanduíches parecem pagar um preço mais alto. Hambúrgueres e sanduíches comprados em cafeterias, restaurantes ou lanchonetes foram associados a ftalatos 30% mais altos em pessoas de todas as idades.

"Este estudo sugere que os alimentos preparados em casa têm menos probabilidade de conter altos níveis de ftalatos, produtos químicos relacionados a problemas de fertilidade, complicações na gravidez e outros problemas de saúde", explicou Ami Zota, professora assistente de saúde ambiental e ocupacional na Universidade George Washington.

O que deveríamos fazer? A resposta, de acordo com Zota, pode ser relativamente simples: "Preparar comida em casa pode representar uma situação vantajosa para os consumidores. As refeições caseiras podem ser uma boa maneira de reduzir o açúcar, as gorduras insalubres, o sal e, claro, os ftalatos".

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