Células artificiais que abrigam células vivas podem combater câncer
Uma equipe do Imperial College London conseguiu criar células artificiais e incorporar células vivas dentro delas. Embora isso pareça o primeiro passo na criação de uma forma de vida artificial, o propósito é mais prático: colocar essas células em “conchas artificiais” as mantêm protegidas. Para os pesquisadores, essas células podem ser eficazes na entrega de drogas que combatem o câncer para as células.
O modelo de células artificiais não é algo novo. Usando uma variedade de materiais de engenharia, o grupo colocou uma série de componentes biológicos dentro da célula artificial, incluindo uma variedade de enzimas vitais para o processamento celular.
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A novidade deste estudo, publicado no Scientific Reports, é que, pela primeira vez, células inteiras foram presas dentro de artificiais. Ao mesmo tempo, as enzimas presentes dentro do invólucro trabalharam com as células vivas para produzir novos produtos químicos, entre eles um corante fluorescente que foi capaz de confirmar que uma coabitava a outra.
Nesse caso, a equipe alimentou fluxos de água e óleo por meio de pequenos canais, permitindo que eles criassem gotas de tamanhos particulares. Pintando-os com um revestimento adicional, as células artificiais estavam completas, e suas células vivas --de bactéria E. coli aos linfócitos e espécimes de carcinoma-- foram implantadas dentro.
Para testar sua resistência, os pesquisadores mergulharam a "concha" em uma solução de cobre altamente concentrada, algo que normalmente destruiria qualquer célula. O brilho fluorescente notificou a equipe de que tudo estava bem. Na verdade, as células persistiram por vários dias, e até conseguiram se reproduzir.
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