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Estudo descobre por que homens que dormem pouco têm maior risco de diabetes

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Do VivaBem

18/03/2018 14h45

A relação entre poucas horas de sono e o desenvolvimento da resistência à insulina não é uma novidade para a ciência. No entanto, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram um dos possíveis fatores que causam o diabetes tipo 2 nessas pessoas que têm privação de sono —pelo menos em homens.

De acordo com os cientistas, a culpa está em dois hormônios: a testosterona e o cortisol. A testosterona é o principal hormônio anabólico, ou melhor, constrói músculos, enquanto o cortisol —muitas vezes chamado de "hormônio do estresse"— ajuda a quebrar as reservas de energia e gorduras para o organismo usá-las.

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Para descobrir a relação entre esses hormônios, a privação de sono e o diabetes, os pesquisadores observaram 34 homens saudáveis ??com idade média de 33 anos por cinco noites. Eles controlaram o que os indivíduos comiam e o quanto dormiam. Na primeira noite, os homens puderam dormir por 10 horas, mas nas noites restantes dormiram apenas quatro horas.

Durante esse teste, os voluntários participaram uma série de experimentos. Primeiro, eles receberam três medicamentos: o cetoconazol, que desliga a produção de testosterona e cortisol; gel de testosterona; e hidrocortisona oral, uma forma sintética de cortisol. As doses de testosterona e hidrocortisona estavam no intervalo médio de níveis que o corpo normalmente produz.

Para ser mais fácil de entender, essa primeira fase do estudo parou a produção desses dois hormônios e, em seguida, deu-lhes uma quantidade fixa de testosterona e cortisol, deixando o corpo com níveis considerados normais desses hormônios.

Depois, na segunda fase, os homens receberam placebos inativos que combinavam com os medicamentos, para os cientistas observarem as mudanças reais nos hormônios durante a privação de sono.

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A resistência à insulina ocorre quando o corpo não usa adequadamente a insulina
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Na manhã seguinte às primeiras e últimas noites de cada parte do estudo, todos os homens tomaram o teste oral de tolerância à glicose, no qual eles deram amostras de sangue em jejum e depois de beberem um líquido açucarado. Este resultado permitiu aos pesquisadores calcular a resistência de insulina de cada homem.

Os resultados foram claros: após a restrição de sono, este índice mostrou maior resistência à insulina com o placebo. Nos homens que mantiveram os níveis de hormônio equilibrados, ou seja, os da primeira fase, esse aumento foi significativamente amortecido ou menos severo, demonstrando que a testosterona e o cortisol reduziram os efeitos negativos da restrição do sono.

Segundo o autor do estudo, manter o equilíbrio hormonal pode prevenir a ocorrência de doenças metabólicas em indivíduos que não dormem o suficiente. "Nosso estudo de sono altamente controlado mostrou que mesmo uma noite de sono restrito pode causar resistência à insulina e que podemos melhorar esse efeito controlando os níveis desses dois hormônios importantes", afirmou Peter Y. Liu.

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